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The Builders: Antiquity – Para novatos e veteranos!

Latinha maneira!
Latinha maneira!

Uma situação muito comum é ter que fazer uma viagem mas querer levar um joguinho para se divertir com os amigos. Não é muito fácil chegar ao veredito sobre qual levar. É preciso que seja pequeno, versátil, regras simples para poder apresentar para aquela galera que não tem o hábito de jogar, mas ter uma profundidade razoável, pois o objetivo é entreter. Uma vez que faz parte dos requerimentos incluir novatos, é interessante também que tenha um aspecto visual bacana, afinal, você quer mostrar algo bonito para seus amigos. Só mais uma coisa: uma vez que estaremos em viagem, o ideal é que não seja um jogo muito longo, afinal queremos fazer outras coisas.

É possível?

Certamente que sim! Há muitas opções para isso. O review de hoje trás um exemplo que pode se encaixar nesse tipo de situação. The Builders: Antiquity. Aqui os jogadores deverão gerir uma equipe de pedreiros, comprar e libertar escravos, capacitar sua equipe, negociar ferramentas e decidir quais maravilhas do mundo antigo irão erguer. Aquele que conseguir gerir tudo isso da maneira mais eficiente será o vencedor!

Componentes

O jogo vem numa simpática lata (menção a uma marmita de pedreiros?) onde tudo cabe com alguma folga. As cartas são de excelente qualidade e vêm em dois formatos: as construções são quadradas e todo resto é retangular. Existem cartas que indicam que um trabalhador recebeu uma capacitação especial, e fazem isso de maneira muito engenhosa: elas são transparentes, portanto, são colocadas sobre a carta do trabalhador e contêm informações apenas referentes ao atributo aprendido. Olha só:

Cartas de faculdade
Cartas de faculdade
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Grana

As moedas do jogo merecem um parágrafo só para elas. Peças plásticas cuja cor indica se vale um ou cinco sestércios. O visual e a qualidade melhoram a imersão no jogo.

Contrata-se pedreiro

O jogo tem uma mecânica conhecida como pontos de ação. A cada turno o jogador tem três ações e deve decidir o que fará com elas.

Existem opções como contratar um pedreiro, escolher um projeto de construção para executar, enviar um pedreiro para um canteiro de obras, comprar ferramentas, capacitar um trabalhador, comprar um escravo e ainda torná-lo livre.

Trabalhando de sol a sol
Trabalhando de sol a sol

Todos os trabalhadores e escravos têm em sua carta o quão competentes são em quatro campos de trabalho: rochas, carpintaria, arquitetura e decoração. Quando se escolhe qual empreitada irá construir, deve-se ter em atenção se sua equipe está apta a executá-la. Caso contrário, precisará investir em algum tipo de melhoria, seja contratando melhores pedreiros, comprando ferramentas ou ainda pagando um curso para um “oreia” se tornar mestre de obras.

Quando se envia algum trabalhador para um canteiro de obras deve-se pagar os honorários deste. A exceção são os escravos, pelos quais você paga apenas no momento da compra, a não ser que decida torná-los homens livres! Há um toque interessante em relação a isso: um escravo não pode receber treinamento nem usar ferramentas. Para tal, precisa ser liberto. Mais: há penalidade na pontuação para quem terminar o jogo com escravos!

A cada construção concluída o jogador recebe pontos de vitória e dinheiro, geralmente. É preciso otimizar as ações enviando apenas os pedreiros mais capacitados para cada obra. Não adianta nada mandar um pintor para um serviço de carpintaria, não é mesmo?

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Canteiros de obras

Quando 17 pontos forem alcançados, a rodada será a final. No final, desconta-se pontos se o jogador tem algum empréstimo não quitado ou ainda algum escravo. A fortuna acumulada também vale alguns pontinhos. Depois de tudo contabilizado, o vencedor é aquele com mais pontos!

Avaliação

Esta é a segunda versão do jogo The Builders. A primeira é ambientada na idade média e possui algumas mecânicas sensivelmente diferentes. Ambos são excelentes. Têm uma atmosfera extremamente competitiva mesmo sem interação entre os jogadores.É tudo sobre fazer uma boa gestão dos recursos disponíveis.

Já disse antes que a independência de idioma é algo que me chama atenção em jogos de tabuleiro. O designer fez um excelente trabalho para isso resultar bem. A iconografia é muito funcional e ao mesmo tempo agradável aos olhos. A arte é encantadora. É interessante comparar os dois lados das cartas de construção, o “em obras” e o “concluído”. O mesmo vale para as cartas dos escravos: um lado acorrentado e maltrapilho, do outro com vestes em melhor qualidade.

Não é bonitinho?
Não é bonitinho?

Por falar em escravos, a mecânica destes teve um toque especial. Não podem ser treinados nem usar ferramentas, além de penalizarem a pontuação final. Brilhante! Para evitar tudo isso você precisa libertá-lo. Porém, como qualquer outro trabalhador, será preciso pagar para enviá-lo aos canteiros de obra. Bem, é justo!

É aquele tipo de jogo que tem a profundidade exata para que os novatos rapidamente fiquem ao mesmo nível dos veteranos. Uma excelente pedida para se quer uma dose respeitável de estratégia, mas não há muito tempo. Sabem o “bom, bonito e barato”? Pois é!

Ficha Técnica

The Builders: Antiquity
Designer: Frédéric Henry
Número de jogadores: 2-4
Idade: 10+
Duração: 30min
Produtora: Asmodee

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