Estamos na reta final desta alucinante corrida pelo Alpes Suíços! Os pilotos levam suas máquinas maravilhosas ao limite! Agora é tudo ou nada! Thomas Edison colide violentamente contra a máquina de Nicola Tesla! A rivalidade desses dois pilotos é incessante! Os irmãos Wright não foram capazes de refrigerar seus motores o suficiente e agora vêm a vitória escapar entre os dedos! De maneira audaz, Marie Curie resolve desmantelar parcialmente sua máquina! Seria estratégia ou um algum parafuso solto, literalmente? Ada Lovelace aproveitou melhor a última descida para recarregar seus dínamos e a vitória parece certa dessa vez para ela!
Vejam! Tem alguém vindo pelo atalho! Alberto Santos-Dumont e Albert Einstein disputam cada centímetro, tentando ao máximo otimizar o rendimento de suas invenções incríveis! Teremos mais uma “dobradinha de Albert’s”? Ada Lovelace terá energia cinética o suficiente para ultrapassa-los? Ou será que Marie Curie, em seu pequeno e versátil veículo é capaz de deixar todos para trás?
Haja coração! Senhoras e senhores, apresento-vos Steampunk Rally! Um fabuloso jogo de corrida com uma mecânica de alocação de dados e uma pitada de draft. Como já notaram, os pilotos são os mais famosos cientistas do mundo todo! O que há para não amar?
Componentes
Muitos dados. Cento e oito dados, para ser preciso. Muito, não é mesmo? Os marcadores são de papel bem grosso, feito para durar muitas e muitas corridas. A pista é modular, podendo ser montada com diferentes formas. Um dos lados oferece os Alpes Suíços como cenário, o outro é o Hoverdome! Uma pista flutuante sobre a cidade de Paris! Nada mais apropriado do que a cidade luz para um jogo Steampunk, não é mesmo? Há um medidor de dano em forma de mostrador analógico, como os de máquina antiga. Não é o máximo? Para aqueles que valorizam o conteúdo artístico dos jogos de tabuleiro, segurem-se. As ilustrações dos personagens, a maneira com que as cartas, que representam peças, se encaixam, a biografias de cada um dos cientistas nas páginas do manual… que capricho! Para passar o mel na boca agora: a versão do financiamento coletivo vem com dezenas de engrenagens de metal para serem utilizadas como marcadores!
Largaram!
Aqui não há volta de apresentação. É pressão máxima o tempo todo! Cada jogador representa um inventor. Isso significa que cada um tem uma cabine de controle e a primeira parte da sua máquina. Ao longo do jogo os jogadores recebem mais peças, e decidem se querem acopla-las em sua máquina ou desmantela-las, para trocar por combustível, no caso, dados. Mas atenção! Não adianta nada trocar peças que geram carvão se a sua máquina é movida à eletricidade! E outra coisa: não é possível conectar as peças de qualquer jeito! É preciso ter atenção se as conexões são compatíveis! Afinal, você não quer colocar rodas no teto da sua máquina, certo? Cada peça pode ter uma série de efeitos, como gerar mais combustível, se mover ou ainda reparar sua geringonça.
Diversos efeitos podem causar dano à sua invenção. No final de cada turno o dano é contabilizado e, dessa forma, você pode acabar perdendo algumas peças no meio da corrida. Caso acumule dano demais e acabe perdendo sua cabine… bum! Você explode e vai para última posição!
Os dados, uma vez colocados para ativar as peças só saem de lá refrigerando aquela peça. E como isso acontece, você pergunta! Numa das fases do turno é a hora de gastar engrenagens para reduzir o valor do dado mostrado. Quando o dado chegar a zero, pronto! Pode tirar o dado. Isso quer dizer que aquela peça está pronta para funcionar novamente. Portanto, é preciso ter cuidado ao ativar determinada peça. Geralmente, um número mais alto significa mais ativações. Porém, vai ser preciso gastar muitas engrenagens para se refrigerar aquilo!
Avaliação
Uma delícia! A cada vez que se joga é possível experimentar novos pilotos, novos formatos de pista… é só alegria! Este é um daqueles casos raros de agradar a gregos e troianos. Minha experiência mostrou que tanto novatos quanto veteranos se divertiram com o jogo.
Há diversas estratégias, desde montar um pequeno e versátil equipamento, até um daqueles monstros enormes, onde cinco Power Rangers se sentiriam confortáveis. Diversificar os combustíveis ou manter-se especialista em apenas um?
É um daqueles jogos que a mecânica está perfeitamente encaixada à temática. Você sente que suas peças estão funcionando a todo vapor, que sua máquina está avariada, que você fez uma má escolha de combustíveis. Tudo é muito imersivo e competitivo, como uma corrida deve ser! Cereja do bolo: há um piloto brasileiro! Alberto Santos-Dumont marca presença entre os mais estimados inventores da humanidade nesta corrida frenética! Sabem do que mais? É graças a mim que ele está aí! (Nota do Editor: Sim, isso é verídico! O nosso querido Luiz é o responsável por Dummont aparecer no jogo! Isso é incrível ou muito incrível?!) Mas, isso é papo pra uma outra hora…
Espero que tenham a sorte de topar com Steampunk Rally por aí!
Ficha Técnica
Steeampunk Rally
Designer: Orin Bishop
Número de jogadores: 2-8
Idade: 14+
Duração: 45-60min
Produtora: Roxley Games