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Uma febre pegou o mundo de surpresa. Bom, nem tão de surpresa, afinal Pokémon Go foi um dos jogos mais propagandeados da história. O conceito de misturar o mundo real com a incrível jornada Pokémon, é uma das melhores sacadas em toda a História dos Games e da Tecnologia em si. Lançado há poucas semanas em alguns países, o jogo causou uma histeria coletiva nas cidades.

Praticamente uma convulsão social desde roubos, atropelamentos, descobertas de cadáveres, entre outras muitas aventuras, o jogo também está ajudando muitas pessoas com pânico, autismo, depressão ou em tratamentos de doenças em hospitais. Ou seja, o jogo traz também diversos benefícios, além da diversão casual.

Muito se fala do game, embora poucos realmente analisem a mecânica do jogo. Agora que o game finalmente chegou no Brasil, pudemos analisar de modo apropriado mesmo após ele ter sofrido diversas atualizações de mecânica muito criticadas.

O jogo começa como qualquer outro Pokémon. Você escolhe seu gênero e seu nome, além de poder customizar um pouquinho seu personagem. Depois, o professor Willow apresenta de modo muito raso como o jogo funciona. Então finalmente vemos o mapa que mostra o personagem na localização que o jogador se encontra. Os três iniciais surgem – Charmander, Bulbassauro e Squirtle, e, ao clicar em um, o modo de captura se inicia.

Muito já devem saber que o maior charme do game é justamente a realidade aumentada. Ou seja, ver os monstrinhos na sua sala, quarto, garagem, etc. Ao mesmo tempo que utilizar a realidade aumentada rende momentos muito engraçados como encontrar um Caterpie em cima da cabeça do seu cachorro ou um Magikarp pulando na frigideira, o modo consome a bateria do smartphone como se não houvesse amanhã. Aliás, o app já drena a bateria de seu celular por exigir GPS e internet, recursos que exigem muito da capacidade de todo celular.

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Por sorte, a Niantic coloca o modo de realidade aumenta apenas como um opcional charmoso para o game. Para facilitar a captura dos bichinhos e diminuir o consumo da bateria, aconselhamos a usar apenas o modo convencional. Durante a partida que confrontamos os pokémons, ao contrário dos games clássicos, não há combate. Temos um número limitado de pokébolas e as atiramos, arrastando o dedo em direção ao Pokémon. Com o cálculo correto de distância e força, atingimos ele e então surge os segundos dedicados para ver se a captura foi realizada com sucesso. Às vezes o Pokémon quebra a pokébola e permanece para uma nova tentativa, outras, apenas foge.

Nisso, quando apertamos a pokébola, percebemos um círculo que vai se fechando. Quanto menor for o círculo, a captura do bichinho se torna mais provável. Pokémons de círculo verde, são os de captura mais fáceis. De círculo laranja, são mais resistentes e os de círculo vermelho, os mais difíceis. Para esses, o game oferece great balls e ultra balls. Além disso, há sempre a ajuda das razzberries para deixar o Pokémon mais suscetível à captura.

No geral, a jogabilidade é bem simples. Mesmo possuindo uma loja para comprarmos pokébolas, revives, potions, super potions, incubadoras extras de ovos, incensos para atrair mais monstrinhos, o jogo é bastante justo com o gamer o incentivando que não gaste dinheiro. A verdade é uma só: para aproveitar o máximo possível do game, é preciso andar. Muito.

Conforme andamos, deparamos com diversas pokéstops. Uns centros de encontro para diversos jogadores. Ao clicarmos neles, algumas recompensas são liberadas. Sejam pokébolas, poções, revives ou ovos. Assim o game torna-se mais democrático, negando as práticas de jogos pay to win.

Entretanto, para aumentar a vida útil do jogo, a Niantic toma decisões muito burocráticas para a evolução dos bichos, além do modo batalha para conquistar ginásios ser algo muito broxante. Para evoluirmos certos pokémons, precisamos de doces – como os rare candies dos jogos convencionais. Para evoluir um charmander para charmeleon precisamos de 25 charmander candies. Depois, evoluir para um charizard, são necessários mais 50. Para conseguirmos esses itens, o game força a captura de diversos pokémons iguais. Toda vez que capturamos um, ganhamos 3 unidades de seus doces específicos. Com tantos repetidos, os de menor CP – poder de batalha, podem ser enviados para o professor Willow. Em contrapartida, ganhamos 1 unidade do doce do Pokémon enviado.

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Ou seja, para conseguir de fato os 151 pokémons que o jogo oferece nesse momento, serão necessárias diversas horas de jogatina. O modo de batalha também decepciona, não por ser burocrático demais, mas sim exatamente o oposto disso. Quando disputamos uma batalha de ginásio, obviamente temos que nos dirigir até ele. Lá, selecionamos 6 dos melhores pokémons, com CP mais alto. Então, automaticamente, eles batalham até algum ganhar.

O sistema é bastante confuso, mas nem sempre o time com maior CP ganha. Enfim, é bastante decepcionante não termos a opção de selecionar os ataques para derrotar os oponentes, além de que seria muito interessante usarmos os nossos bichinhos durante os confrontos com pokémons selvagens. Além disso, ainda não há o recurso para trocar pokémons entre usuários.

Pokémon GO é um dos melhores jogos disponíveis para smartphones. O senso de união e exploração que ele possui é algo absolutamente marcante. É possível fazer muitas amizades por aí ao encontrarmos outros usuários caçando pokémons ao redor das cidades. Como todo jogo bem pensado, é muito fácil se viciar nele e gastar dinheiro facilmente, caso for um jogador que se locomova pouco.

Um game com extremo potencial para metas de corrida e de socialização. Tem tudo para dar certo e continuar relevante por anos a fio. Os gráficos estão bons, apesar da performance ser muito imprevisível. Consertando alguns pequenos problemas, melhorando o modo de localização de pokémons e adicionando modos de batalha mais interessantes, o jogo pode se tornar a experiência definitiva em caçar pokémons. Afinal, ainda há 721 monstrinhos para capturarmos. E como todos sabemos, a jornada começou agora.

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