Das catacumbas do NEOGEO, Splatterhouse agora irá assombrar o Nintendo Switch!
O amigo leitor mais novo provavelmente não conheceu, e a senilidade já atinge os leitores mais velhos, assim como este que escreve. Mas, no auge da era Nintendo, haviam concorrentes poderosos, como o NEOGEO, o Turbo-Graphx e o Genesis.
Não dá para lembrar o preço exatamente, mas é um fato que somente indivíduos mais abastados tiveram a sorte de possuir um – quanto mais a todos. Os gráficos eram particularmente chamativos para a época, com muitas cores – o que causava pesadelos nos pais, que tinham que adiar cirurgias cardíacas pra poder comprar um desses pros fedelhos.
O barato não era nem ter o sistema em si – mas sim, obviamente, os jogos a que eles davam acesso. Um dos mais bacanas – e outro pesadelo particular dos pais – era o Splatterhouse. Uma mistura de Uma Noite Alucinante com Sexta-Feira 13, o game emulava o melhor do gênero slasher, transformando o seu garoto protagonista em uma assassino à lá Jason Voorhees, após colocar algo chamado “the Terror Mask“.
Era uma inversão interessante do slasher, transformando a vítima no psicopata assassino com todo o poder. É óbvio que isso fez um sucesso colossal nas mentes influenciáveis de milhares de crianças (medo). De toda forma, essa bizarra obra-prima foi lançada inicialmente como jogo de arcade, depois levado ao Turbo-Graphx em 1990, e em seguida para outras plataformas.
Tocando o terror no Switch
Agora, aproximando-se do seu trigésimo aniversário (sim, você está velho), o jogo irá se unir oficialmente à biblioteca de jogos do NEOGEO Masterpieces para Nintendo Switch, a partir de hoje pelo preço de 30 Trumps! Splatterhouse será incluído na vindoura Namco Museum Compilation, que também irá incluir Dig Dug, Galaga, Galaga ’88, Pac-Man, Rolling Thunder, Rolling Thunder 2, SkyKid, Tank Force e The Tower of Druaga.
Um detalhe interessante da história do jogo é que a máscara, de hóquei e originalmente branca, mudou para uma vermelha com detalhes pretos. Por questões legais, os produtores sabiamente decidiram afastar um pouco seu personagem do protagonista de Sexta-Feira 13. Em outros jogos, ela ganhou mais características distintivas, se assemelhando a uma caveira vermelha. Ainda bem que a Marvel também não foi atrás para encher o saco.
Finalzinho macabro
O amigo leitor que for jogar novamente depois de tantos anos, provavelmente vai ganhar um arrepio vindo das profundezas do passado. Splatterhouse marcou muito pelo seu final, onde, depois realizar desgraças sem fim sobre demônios e monstros, o protagonista Rick consegue destruir a máscara, deixando-a em chamas.
Entretanto, quando ele sai de cena, a máscara se reconstrói sozinha, rindo de forma maligna. Com um eco de fundo e uma tela escura, a palavra “End” flutuava sozinha e lugubremente no canto inferior direito da tela.
Sério, como nos deixavam jogar essas coisas?