Martin Scorsese anda bem comentado nos últimos tempos, graças a Silence. Com uma pós-produção mais longa do que esperávamos, finalmente o épico religioso teve sua data de estreia marcada (aliás, já viu o trailer?) e tudo leva a crer que o veterano caprichou mesmo. Ninguém pode negar que ele continua como um dos realizadores mais dignos de atenção neste mercado, mas parece que ele não está muito entusiasmado com o momento atual do cinema.
Em Nova York, durante a coletiva de imprensa para divulgação do novo filme, ele seu sua opinião sobre assunto. Cortesia do Heyuguys:
Há uma saturação excessiva. Particularmente, em nosso mundo, como ele está agora, nada tem um significado. Imagens, por exemplo, estão em toda parte. Cinema costumava estar em um prédio e mesmo na televisão, onde você via um filme ou qualquer outra coisa. Devo dizer que sei de um monte de filmes e eu não vejo muitos destes novos nos últimos dois ou três anos. Parei porque as imagens não significam nada.
Estamos completamente saturados com imagens que não significam nada. Palavras, certamente, não significam mais coisa alguma, estão torcidas e viradas. Então onde está o significado? Onde está a verdade? Nós temos que nos despir de tudo. Isso nos leva de volta à pergunta que eu tinha em Caminhos Perigosos: como você vive uma boa vida? Uma vida que é boa, que significa compaixão e respeito pelos outros, em um mundo como o de hoje, ou em um mundo onde eu cresci, honestamente.
E essa é a opinião de Scorsese. O que acham?
