Não dá para ser absoluta e radicalmente contra refilmagens, afinal, existem aquelas que funcionam, saindo até melhores que o original (A Mosca é um caso). Será que o remake de Fuga de Nova York teria esse destino? Bem, o próprio John Carpenter comandou a releitura de um filme de 1951, criando o fantástico O Enigma de Outro Mundo.
Mesmo assim, apesar da fé que as pessoas possam ter, temos ouvido falar que a produção da nova versão do filme de Carpenter tem sido uma dança das cadeiras das mais complicadas. Neil Cross, criador de Luther, elogiada série da BBC, é o atual escritor responsável pelo remake de Fuga de Nova York, depois de descartadas outras várias propostas.
Sobre esta nova versão, o The Wrap publicou alguns detalhes sobre o projeto. Se isso vingar, evidentemente temos SPOILERS abaixo, então leia por sua conta e risco!
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Bom, para começar, saberemos o verdadeiro nome de Snake. Coronel Robert “Snake” Plissken. Não é uma informação tão relevante assim, ou mesmo necessária, mas vá lá. Também há uma sequência mostrando como o protagonista foi preso, levando-o à trama principal. Na verdade, o original já tinha essa cena, que acabou deletada da versão final. Quem não sabia dessa, pode conferir abaixo:
O personagem de Lee Van Cleef continua sendo alguém com alto cargo na cia, porém, a nova versão tem uma mulher desempenhando essa função: Roberta Hauk. Choradeira à vista, mas a maior mudança vem a seguir. Nova York não é uma prisão de segurança máxima, mas uma utopia tecnológica. Segue a descrição:
Nova York é tão adorável que nos deixa sem fôlego. Manhattan é a ilha que conhecemos, mas com mais torres com estrutura de vidro e uma grande parede de viro ondulante. O céu é povoado por drones serenos como abelhas, com uma inteligência artificial controlando tudo na forma de uma alegre jovem mulher, etnicamente ambígua, chamada April. Uma pequena equipe de técnicos e pesquisadores conhecidos como “Videntes” monitora tudo.
A missão de Snake, que ele precisa completar em 11 horas, ao invés das 22 do original, é capturar o vilão da história, Thomas Newton, um carismático playboy, herdeiro de uma corporação de biotecnologia e agroquímica. Nenhum sinal do Presidente dos EUA ou Duke. Bem, basicamente é isso.
Interessante a mudança. Na época do filme original, 1981, o medo das pessoas estava muito mais ligado à criminalidade e às gangues. Hoje, faz muito mais sentido atrelar a história às corporações e tecnologia. Vamos ver o que sai disso, mas vamos lembrar que tudo isso pode mudar de uma hora pra outra, jogando tudo isso fora e contratando um cara novo para escrever do zero.
É a vida! Alguém se animou com esses detalhes? Comenta aí…
Segue o trailer do original, só pela nostalgia: