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Nada é sagrado: até Ben-Hur ganhará remake

A onda de refilmagens e reboots que vem tomando conta de Hollywood nos últimos anos provou que nada é sagrado – literalmente. Ben-Hur (1959), um dos maiores clássicos de todos os tempos teve o remake confirmado pelos estúdios Paramouth e MGM. O novo projeto será conduzido pelos produtores Mark Burnett e Roma Downey, responsáveis por criações religiosas como a bem-sucedida série bíblica The Bible (2013) e o fraco O Filho de Deus (2014),  Sean Daniel, da franquia A Múmia e Joni Levin, do drama Caminho da Liberdade (2010).

Os produtores escolheram para direção Timur Bekmambetov, dos blockbusters vampirescos (!!) Abraham Lincon, caçador de vampiros (2012) e Guardiões da Noite (2004). Com um time desses, não se pode esperar muito mais que uma piada cinematográfica. O casal Burnett/Downey ganhou destaque entre os grandes estúdios pelo sucesso de The Bible na TV americana e pela vertente de filmes baseados em preceitos cristãos que estão ganhando cada vez mais bilheteria nos Estados Unidos, mas são constantemente avacalhados pela crítica e por qualquer um com olhar menos direcionado para a fé do que para a técnica.  Daniel é daqueles que se esforçam em produzir um filme de massa, com dinamismo, humor fácil e um belo arsenal de efeitos visuais.  Já Levin é um produtor experiente apenas no universo televisivo. Do perfil desse quarteto não se poderia querer mais do que um diretor juvenil como Bekmambetov, cujo talento agrada aquele público que não quer pensar muito no cinema. O roteiro, liderado pelo recém-oscarizado, John Ridley (12 anos de escravidão), tenta dar uma pincelada cult ao filme.

Ben Hur está entre as produções recordistas de prêmios Oscar, com 11 estatuetas, ao lado de Titanic (1997)  e O Senhor dos Anéis: o Retorno do Rei (2003). Com quase quatro horas de duração, o filme conta a história do príncipe e mercante  judeu Judah Ben-Hur (Charlton Heston), que, durante o século I, reencontra o amigo de infância Messala (Stephen Boyd) após um longo período de afastamento devido a este ter sido alçado a um alto cargo no exército romano. Durante um desfile militar, uma telha da casa de Ben-hur cai e quase atinge o governador da província. O ato é interpretado como um atentado e, mesmo ciente da inocência do amigo, Messala o condena a cumprir trabalhos forçados em terras distante e envia a mãe e a irmã dele para prisão.  A história trata dos dilemas de Ben-Hur durante a sua odisseia por vingança enquanto luta pela sobrevivência e procura pela família. Como pano de fundo, os primeiros anos do cristianismo e principais acontecimentos da vida de Jesus.

Timur Bekmambetov será o diretor. Boa sorte!

Timur Bekmambetov será o diretor. Boa sorte!

O clássico de 1959 é a terceira adaptação para o cinema do livro Ben-hur: uma história nos tempos de Cristo, escrito pelo  ex-combatente da guerra da secessão americana, Coronel Lew Wallace e publicado em 1880. A primeira versão para o cinema foi exibida em 1907, com apenas 10 minutos de duração. A segunda, em uma produção muito mais recursos, foi produzida em 1925, pelo mesmo estúdio MGM responsável pelas versões de 1959 e pelo atual remake.  Dirigido por William Wyler, foi uma das produções mais caras e complexas já realizadas até então, porém, foi um sucesso absoluto de público e crítica. O filme é histórico, um dos mais importantes da cultura ocidental, tanto pelo talento irretocável dos atores, quando pela direção primorosa de Wyler. Diante disso, é triste saber que uma nova versão vem aí. Não há confirmações sobre elenco, mas filmagens devem começar ainda este ano. A estreia este prevista para fevereiro de 2016. É ver pra crer.

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