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Democracy: O tributo animado de Neil Gaiman para Leonard Cohen!

O lendário Leonard Cohen

O lendário Leonard Cohen

Eu sou um democrata porque acredito na Queda do Homem. Eu acho que muitas pessoas são democratas pelo motivo oposto”, disse C.S. Lewis quando contemplou muito dos nosso equívocos sobre a democracia. Uma geração depois, Leonard Cohen se dispôs a fazer uma reflexão similar, quando pôs sua obra em perspectiva escrevendo sua famosa ode à democracia: “I didn’t want to start a fight… I wanted a revelation in the heart rather than a confrontation or a call-to-arms or a defense.” (“Eu não queria começar uma briga… Eu queria uma revelação no coração mais do que um confronto, ou uma chamada-às-armas, ou uma defesa”.)

O ano de 2016 não foi exatamente o “pior de todos os tempos”, como muito tem se dito por aí. Foi, sim, particularmente controverso, pois muitos dos valores contemporâneos, principalmente em termos políticos, que acreditávamos estarem consolidados, se demonstraram mais frágeis do que imaginávamos.

Neil Gaiman narra este belo curta!

Neil Gaiman narra este belo curta!

Nesta época de grande necessidade de uma “revelação no coração”, quando esses valores da democracia são continuamente usados de maneira equivocada, ou mesmo pervertida, as palavras de Cohen ganham vida neste belo curta – parte um tributo para Cohen, parte para levantar fundos para a PEN America (instituição que defende o avanço da literatura, laços internacionais de amizade artística e liberdade de expressão), parte para levantar a moral humana nesses tempos difíceis – narrado por Neil Gaiman, com piano de Amanda Palmer e a belíssima arte em aquarela de David Mack e Olga Nunes.

Contemplem:

Abaixo a encantadora poesia de Cohen narrada por Gaiman:

“It’s coming through a hole in the air,
from those nights in Tiananmen Square.
It’s coming from the feel
that this ain’t exactly real,
or it’s real, but it ain’t exactly there.
From the wars against disorder,
from the sirens night and day,
from the fires of the homeless,
from the ashes of the gay:
Democracy is coming to the U.S.A.
It’s coming through a crack in the wall;
on a visionary flood of alcohol;
from the staggering account
of the Sermon on the Mount
which I don’t pretend to understand at all.
It’s coming from the silence
on the dock of the bay,
from the brave, the bold, the battered
heart of Chevrolet:
Democracy is coming to the U.S.A.

It’s coming from the sorrow in the street,
the holy places where the races meet;
from the homicidal bitchin’
that goes down in every kitchen
to determine who will serve and who will eat.
From the wells of disappointment
where the women kneel to pray
for the grace of God in the desert here
and the desert far away:
Democracy is coming to the U.S.A.

Sail on, sail on
O mighty Ship of State!
To the Shores of Need
Past the Reefs of Greed
Through the Squalls of Hate
Sail on, sail on, sail on, sail on.

It’s coming to America first,
the cradle of the best and of the worst.
It’s here they got the range
and the machinery for change
and it’s here they got the spiritual thirst.
It’s here the family’s broken
and it’s here the lonely say
that the heart has got to open
in a fundamental way:
Democracy is coming to the U.S.A.

It’s coming from the women and the men.
O baby, we’ll be making love again.
We’ll be going down so deep
the river’s going to weep,
and the mountain’s going to shout Amen!
It’s coming like the tidal flood
beneath the lunar sway,
imperial, mysterious,
in amorous array:
Democracy is coming to the U.S.A.

Sail on, sail on…

I’m sentimental, if you know what I mean
I love the country but I can’t stand the scene.
And I’m neither left or right
I’m just staying home tonight,
getting lost in that hopeless little screen.
But I’m stubborn as those garbage bags
that Time cannot decay,
I’m junk but I’m still holding up
this little wild bouquet:
Democracy is coming to the U.S.A.”

Que a época de festividades sirva também para a reflexão e a contemplação, para que possamos fazer de cada próximo ano sempre um ano melhor – pois a busca pelo conhecimento, pela sabedoria e pela liberdade deve ser eternamente incessante.

 

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