Kapture: Fluke é mais uma mostra de que Neill Blomkamp não pretende parar tão cedo
Uma das coisas mais divertidas desse ano têm sido, inquestionavelmente, acompanhar a aventura independente do diretor sul-africano Neill Blomkamp e seu Oats Studios, que nos trouxeram alguns dos curtas mais loucos vistos ultimamente, como Rakka, Firebase, e o meu particularmente favorito, Zygote.
Sem a interferência de um estúdio ganancioso e sua legião de produtores bocós, Blomkamp têm demonstrado que a liberdade criativa é o melhor caminho para fugir do marasmo de sequência, remakes e filmes homogêneos que assolam os cinemas hoje. Será que existe alguma chance de ele realizar um curta de super-herói? Torçamos.
Ontem, Blomkamp e o Oats Studios lançaram o seu último curta-metragem, intitulado Kapture: Fluke. O vídeo lhe dá as boas vindas à Kapture Tecnologies, onde os empregados Gary e Jeff estão testando o Fluke, um novo sistema que permite aos soldados literalmente capturar seus inimigos, e obriga-los a fazer o que diabos eles quiserem. O sistema é testado em um prisioneiro que, obviamente, não está nem um pouco a fim de participar dessa loucura.
Fugindo do óbvio e ordinário
O que há de interessante: primeiro, uma demonstração de domínio de efeitos especiais e práticos, em particular o uso de stop-motion, mostrando que Blomkamp está realmente disposto a fugir do ordinário nesse seu novo projeto, e experimentar técnicas diferentes para os seus trabalhos de gênero.
Segundo, mais uma vez temos um curta que envolve alguma questão militar – assim como, mais uma vez, envolvendo algum equipamento ou propósito muito pouco ortodoxo. Não obstante, esse é o curta mais curto – com o perdão do trocadilho – até agora, demonstrando que Kapture: Fluke pode ser uma introdução para uma série de outros curtas. Ou, até mesmo, oferecer uma linha geral para todos lançados até agora.
E se você está gostando do Volume 1 dos novos curtas de Blomkamp e que ver o Volume 2, não se esqueça de dar aquela força para o Oats Studios, comprando o Volume 1 na Steam.