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Viva: A Vida é Uma Festa – Pixar manda bem de novo!

Com Viva: A Vida é Uma Festa, a Pixar dá o seu recado

Sejamos honestos: há muito tempo, a Pixar deixou de ser apenas uma produtora de animação e se tornou praticamente um selo de qualidade. Mesmo com alguns deslizes, como Carros 3 e O Bom Dinossauro, quando o estúdio acerta é em cheio.Com Viva: A Vida é Uma Festa (Coco), mandaram mais uma bola dentro, apesar de alguns problemas de narrativa.

Crítica de Viva: A Vida é Uma Festa

Viva: A Vida é Uma Festa

O longa se passa no México, no feriado do Dia de Los Muertos. Acompanhamos Miguel (Anthony Gonzalez), o mais novo de uma família que tem o ofício da sapataria como tradição. Também odeiam música por conta de uma história envolvendo um ancestral. Óbvio que, para a trama andar, o menino adora música e planeja se tornar um cantor de sucesso como seu ídolo, o lendário Ernesto de la Cruz (Benjamin Bratt).

Quando Miguel descobre que de la Cruz é o seu ancestral, decide roubar o seu violão para participar de um concurso de música, mas a ação faz com o que o menino vá para o mundo dos mortos. Com a ajuda do malandro Hector (Gael Garcia Bernal), Miguel vai tentar encontrar o seu ídolo para que esse dê sua benção para voltar aos mundos dos vivos.

Se a sinopse soa longa e confusa, se mostra funcional na tela. O ritmo é muito bom, o humor é eficiente e os personagens são muito carismáticos. O grande problema desse roteiro é que ele é muito previsível, principalmente nos dois primeiros atos. Dá para prever falas e ações dos personagens. Não chega a atrapalhar por conta dos elementos já ditos como o carisma e o ritmo, mas, principalmente, pelo design de produção maravilhoso, cheio de cores e luzes, que se mostra muito fiel às lendas mexicanas.

O bom é que, logo após o ponto de virada no final do segundo ato, o filme cresce demais. As ideias ficam mais claras e ele se torna emocionante, com uma mensagem linda que fará os mais sensíveis caírem em lágrimas. Esse que vos escreve estava no final da sessão chorando como uma criança.

Crítica de Viva: A Vida é Uma Festa

Michael Giacchino: Quando inspirado, um gênio!

A mensagem é linda e tem a ver com música e aí entramos em mais um excepcional trabalho de Michael Giacchino. Ele trabalha com musicas regionais sem que se tornem caricatas ou estereotipadas – alias, todo o trabalho do filme evita isso – e com canções originais lindas. Mesmo sendo autor de trabalhos genéricos como Homem-Aranha: De Volta ao Lar, ele nos presenteia com obras como Planeta dos Macacos: A Guerra. O histórico do músico com a Pixar mostra trabalhos fortes como Up: Altas Aventuras, Os Incríveis e Ratatouille e esse entra para a galeria de acertos.

As musicas originais cantadas também se destacam por serem divertidas e emocionantes, com destaque a Lembre de Mim, que vai mudando de significado de acordo com a projeção. São letras bem escritas, tocantes e alegres. É impressionante o quanto esse filme se mostra respeitoso com a cultura mexicana, porque as musicas têm aquele estilo com trombetas e violões, mas são coerentes dentro do conjunto. Como já dito, é um filme que evita deixar impressões caricatas quanto aos mexicanos.

Viva: A Vida é Uma Festa realmente comprova algo sobre a Pixar. De fato, é nada menos que um selo de qualidade.

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