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Cemitério Maldito – Ás vezes, morto é melhor!

Adaptação da obra de Stephen King, Cemitério Maldito é mais um remake desnecessário

Trinta anos após a primeira versão de Cemitério Maldito chegar aos cinemas, os diretores Kevin Kolsch e Dennis Widmyer trazem uma nova adaptação do clássico livro de Stephen King para as telonas e com algumas mudanças importantes na trama,. E pode-se dizer que o filme está mais aterrorizante que seu predecessor, apesar de ter como base uma trama bastante simples e conhecida até por quem não curte as obras de King.

Crítica de Cemitério Maldito

O médico Louis Creed (Jason Clarke de A Maldição da Mansão Winchester) se muda com a esposa Rachel (Amy Seimetz), os dois filhos e o gato da família para uma pequena cidade, na rota de grandes caminhões, em busca de uma vida mais tranquila. O novo vizinho, Jud Crandall (John Lithgow, de Planeta dos Macacos: A Origem) apresenta para a família um cemitério de animais que se encontra em seu terreno. Quando um acidente envolvendo o gato das crianças pega todos de surpresa, eles tomam uma decisão que traz péssimas consequências.

O Cemitério Maldito de 2019 segue a linha de outros exemplares recentes do terror americano, com fotografia bastante escura, edição rápida e um desenho de som que mantém a tensão sempre presente em cena. Isso tudo sem esquecer dos jump scares, uma marca registrada das produções hollywoodianas na última década. O roteiro, assinado por Matt Greenberg e Jeff Buhler, foca mais nas relações entre os personagens, onde cada um ganha um arco próprio, com destaque para Rachel, que é profundamente atormentada pelo seu passado com a irmã Zelda. Mas mesmo que tente subverter alguns pontos da trama original, os 101 minutos de filme não parecem suficientes para criar um desenvolvimento crível.

Crítica de Cemitério Maldito

É problemático perceber que a família é mostrada de uma maneira plástica e perfeita, como num comercial de margarina, mas a presença de pesos pesados como Lithgow e Chase ajudam o público a envolver-se na história. O destaque de atuação fica para a filha Ellie, vivida na tela por Jeté Laurence, que alterna muito bem momentos infantis e assustadores.A direção opta em muitos momentos por planos mais inclinados, também conhecido como plano holandês, e primeiríssimos planos que trazem certa estranheza às cena. Alguns efeitos especiais também ficaram abaixo do esperado para o orçamento de 98 milhões de dólares.

Cemitério Maldito chegou a ser assustador, mas tem bons momentos, mesmo com o clima forçado pela trilha sonora e pela fotografia, mas é inevitável que façamos comparações com a primeira versão, de 1989. É uma história bem construída, mas que não precisava ser ressuscitada.

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