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A Forca – Terror é ver sempre a mesma coisa!

A Forca

Não é surpresa para ninguém que um dos gêneros mais difíceis de trabalhar no cinema seja o terror. Idolatrado por muitos e visto como sem “graça” por outros, a verdade é que pelo menos uma vez na vida já sentimos medo com algum desses filmes, que atualmente não estão conseguindo mais se destacar. Mas agora isso pode mudar (ou não), pois temos um novo terror em cartaz! A Forca (The Gallows) é a nova aposta da Warner no estilo, mas será que vale a pena ou Hollywood se esqueceu mesmo como pregar bons sustos?

A ForcaA trama de A Forca começa em 1993 quando os alunos de um colégio encenam uma peça de mesmo nome. O jovem Charlie Grimille, protagonista do espetáculo e o azarado a ter a corda em volta do pescoço, acaba morrendo enforcado durante a apresentação. Eis que vinte anos depois, os alunos do mesmo colégio planejam uma nova apresentação de A Forca. Desta vez é Reese Houser o astro da peça, que abdicou do time de futebol da escola para ser ator. Acontece que o rapaz é um péssimo intérprete e ao perceber isso decide junto com seus amigos, um outro jogador de futebol e a namorada deste, uma líder de torcida, invadir a escola à noite e destruir todo o cenário da peça para assim salvar a reputação de Reese. É quando o grupo entra no colégio por uma porta que nunca está trancada (uhum) que coisas estranhas começam a acontecer. Charlie, Charlie…

A Forca

Todo gravado no estilo found footage para dar maior “autenticidade” ao terror, o filme tem roteiro e direção assinados por Travis Cluff e Chris Lofing. A dupla fez questão de encher a tela com alguns dos estereótipos mais básicos de filmes colegiais norte americanos. Nerds atores de teatro, jogadores de futebol arrogantes e líderes de torcida loiras. Em certo momento parece que fica no ar uma espécie de crítica a esses tipos, pois Reese, agora como ator não é capaz de decorar meia dúzia de palavras. Além de seus personagens, os realizadores fizeram questão de encher o filme – cuja duração é de 81 minutos – com tramas e mistérios desnecessários, como a foto da turma de 1993. Certas coisas são introduzidas sem motivo algum, e caso fossem melhor aproveitadas, poderiam dar um verniz melhor ao filme.

A Forca

A dupla de diretores claramente concebeu toda trama de A Forca sem seguir uma estrutura, ou um porquê para os seus eventos. Durante todo o tempo de em que os jovens estão presos na escola, ficamos nos perguntando “quem será o responsável por tudo isso? Alguém vingativo? Um fantasma?”. Nesse ponto, o roteiro que começa completamente previsível acaba envolvendo quem o assiste, mas perto do final do terceiro ato, fica evidente a falta de preparo. A verdade é que nem os realizadores do projeto sabem o motivo de tudo o que acontece, pois todo o filme é assassinado pela direção e edição nos seus últimos minutos. O que não era bom fica ainda pior.

A ForcaEm outras palavras, A Forca é simplesmente mais do mesmo. Mesmo que não é bom e nem ruim, mas o mesmo que é apenas dispensável. É o típico filme que as emissoras passam nas madrugadas para tapar buraco de sua programação. Talvez nesse horário ele se torne mais interessante…

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