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Vimos 25 minutos do novo filme de guerra de Michael Bay!

11 de setembro de 2012. A Líbia, do ditador Muammar Gaddafi – morto há pouco menos de um ano – era um caldeirão efervescente, com facções se digladiando pelo poder do país. O governo americano costuma agir como a polícia do mundo, sofrendo as consequências de vez em quando, e foi justamente no aniversário do maior golpe sofrido pelos americanos, em seu próprio solo, que ocorreu o ataque à embaixada americana em Benghazi. 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi (13 Hours: The Secret Soldiers of Benghazi) conta uma versão do conflito, que ficou marcado na história como A Batalha de Benghazi.

13 Horas_Michael Bay

Michael Bay (da franquia Transformers e produtor da nova versão das Tartarugas Ninja) é o diretor que todos amam odiar, graças aos seus maneirismos cinematográficos, que muitos dizem ter vindo da publicidade, seus planos de movimentos borrados e seu jeito mirabolante de colocar a ação acima da estória. Os 25 minutos do filme, gentilmente apresentados pela Paramount, foram selecionados pelo próprio diretor para contextualizar seu novo trabalho, mas poderia muito bem servir como um “cala boca” dirigido aos seus críticos. E cá entre nós: Ele quase consegue. Existe uma densidade que não estamos acostumados nos filmes do diretor.

13 Horas_Michael Bay

O cinema americano sempre foi muito crítico quanto às participações do país nas guerras, como no notável Johnny vai à guerra (Johnny Got His Gun, 1971, Dalton Trumbo) e, ultimamente, tem investido bastante em filmes modernos de guerra, como o surpreendente Guerra ao Terror (The Hurt Locker, 2008) e A Hora mais Escura (Zero Dark Thirty, 2012), ambos da vencedora do Oscar, Kathryn Bigelow. Esses filmes sempre apresentam um sentimento de mea culpa. Recentemente, também tivemos Sniper Americano (American Sniper, 2015) dirigido pela lenda Clint Eastwood. Os dois últimos citados foram, inclusive, baseados em fatos.

13 Horas_Michael Bay

O clima do filme de Michael Bay, assim como o de Eastwood, segue uma nova tendência, mais ufanista. O espírito americano de heroísmo é mais exaltado, com aquela visão de “fazer o que for necessário”. Parece que chegou a hora de expiar a culpa sobre os ataques às torres gêmeas e de voltar a ser protagonista em seus próprios dramas. Pode ser que tudo mude até o lançamento da “película”, previsto para 18 de fevereiro de 2016, já que vimos apenas uma dose, uma espécie pré-apresentação com 25 minutos, sabendo que isso pode enganar bastante, mas até aqui o diretor se esforçou para apresentar um contexto interessante e envolvente. O mais interessante é que parece não haver utilizado aqueles planos de ação incompreensíveis, algo que, sem exagero, pode ser um sinal de que estamos prestes a testemunhar um amadurecimento. Se for o caso, será mais que bem vindo!

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