A eterna querela entre DC e Marvel chega ao seu auge na disputa pelo espectador de cinema
O que faz uma empresa sólida e líder de mercado se mover? Competição. Mais do que isso: PERDER uma competição. Imagine então que sua empresa tem não um, mas dois produtos consagrados, conhecidos mundialmente como Batman e Superman. Que uma grande onda de consumidores vem crescendo exponencialmente, ávidos por seus produtos – e que são mais do que consumidores, são fãs! Essa é a história de DC e Marvel.
O que poderia dar errado?
Bom, apenas podemos dar pitacos nesse assunto mas o certo é que o DC Extended Universe vem dando errado. E grande parte dessa culpa, em minha opinião, está atrelada à própria Warner/DC e não aos seus concorrentes, no caso a Marvel.
Super-heróis no cinema moderno: Para o alto e avante!
Vamos voltar um pouco ao passado. Quando ainda não existia essa onda Nerd-Pop que assola o planeta, a Warner/DC saiu na frente na briga pelo cinema com Superman, o Filme, de 1978, ( comentado no nosso Na Tela) pelas mãos de Richard Donner e roteiro de Mario Puzo, sem esquecermos do carismático Christopher Reeve.
Era uma época de renovação no cinema, e a chegada de Star Wars trouxe uma nova fase, em que as pessoas estavam ficando menos “amargas” do que no início da década de 70, quando a sequência de guerras trazia uma certa desesperança, e nessa nova fase o cinema buscava novamente pela figura do “herói mítico” e qual escolha seria melhor que o “maior herói da terra”?
A Warner, dona dos direitos da DC Comics, achava ali uma forma de se inserir nesse mercado tão lucrativo – que até então apenas Disney e George Lucas tinham explorado devidamente: o licenciamento de produtos.
Mas ondas vêm e vão, e o excesso de exploração da franquia nos cinemas esgotou o Homem de Aço. Enquanto isso, os concorrentes da DC, principalmente a Marvel, não conseguiam fazer o mesmo com seus produtos, tentando emplacar algum sucesso, mas acabando por trazer ao cinema filmes de gosto duvidoso como “Howard, o Pato”.
Mas chegaram os anos 90 e novamente a DC pulava a frente com seu segundo maior produto (que eventualmente se tornaria o maior após essa década): Batman. Alavancado pelas obras O Cavaleiro das Trevas (Dark Knight Returns) de Frank Miller, e A Piada Mortal (The Killing Joke) de Alan Moore, ( comentados neste Na Tela) que redefiniram e alçaram o herói a um novo patamar na década de 80.
Um Batman, mais sóbrio e sombrio, anti-herói em conflito e que se enquadrava melhor ao novo momento de dúvida da sociedade era a nova aposta, e para isso trouxeram um diretor que se encaixava perfeitamente com a proposta: Tim Burton.
Principalmente por causa das inovações tecnológicas, dos efeitos especiais e da computação gráfica, eles revolucionaram o cinema de super-heróis com uma nova estética mais “dark”, uniformes mais tecnológicos e efeitos práticos.
Mais uma vez, a Warner/DC acertava e, mais uma vez, ficava a milhas de distância de seus concorrentes. E, mais uma vez, explorou a franquia a exaustão chegando ao ponto de lançar os dois filmes de Joel Schumacher, que sinceramente, prefiro nem comentar para não ter que relembrar deles.
O despertar dos concorrentes
Sem um estúdio atrelado, como a Warner era à DC, a Marvel fatiou seus personagens entre algumas produtora como a Sony, que ficou com o Homem-Aranha, e a FOX, que conseguiu os direitos para X-Men, Quarteto Fantástico (que vinham de uma boa fase nos quadrinhos), além do Demolidor, Motoqueiro Fantasma e Justiceiro. E foi justamente a FOX que, no início do novo milênio, deu o primeiro grande acerto ao universo Marvel: X-Men, de Brian Singer, que contava com o excelente Hugh Jackman.
A Sony viria, na sequência, para começar a mostrar que o mercado tinha gás para crescer: o Homem-Aranha de Sam Raimi. Com um jeito mais fanfarrão, mas com inovações técnicas importantes, o filme finalmente trouxe o primeiro sucesso estrondoso da turma de Stan Lee. Se o Superman de Donner nos fez acreditar que era possível voar, o aracnídeo de Raimi nos mostrou que balançar em teias era algo maravilhoso.
Uma luz se acendia no outro lado e a DC precisava se mexer, já que tinha naufragado com filmes esquecíveis como os últimos Batmen e a terrível Mulher Gato.
O contra-ataque
Foi então que a DC começou a fazer uso de seus trunfos: adaptar Graphic Novels, pelas mãos de diretores em ascensão, começando pelos grandes sucessos de seus maiores autores: Frank Miller e Alan Moore.
O diretor Robert Rodrigues, parceiro de Tarantino e criador de filmes como Um drinque no Inferno e a Balada do Pistoleiro, adaptou o icônico Sin City de Miller. Com uma proposta gráfica que se assemelhava à obra original e o próprio Miller como co-produtor, a adaptação foi bem sucedida e alavancou uma sequência dirigida por Miller, mas que não foi tão bem.
De Miller, também viria a adaptação de 300. A novela épica sobre o rei espartano e a batalha das Termópilas, foi adaptada por uma nova aposta do cinema: Zack Snyder. Com um estilo visual inovador, suas montagens de velocidades diferentes que eram usadas muito bem para impactar na narrativa, e seu estilo literal de adaptar para as telas os quadros da Graphic Novel original, o que agradava muito aos fãs. Snyder fez bastante sucesso e virou o novo “queridinho” da Warner/DC.
E esse novo “romance” fez com que ele recebesse, mais tarde, a incumbência de adaptar a obra considerada mais “inadaptável” da DC: Watchmen. Mas calma! Antes disso ainda temos dois dos capítulos mais importantes da nova fase da DC: Cristopher Nolan e Brian Singer.
Nolan, que tinha se destacado com Amnésia (Memento, no original) era uma aposta interessante para adaptar mais uma obra de Frank Miller: Batman Ano Um. Já Singer era uma certeza pelos seus sucessos em X-men 1 e 2. Ele seria o responsável pelo revival do Homem de Aço. Mas a coisa não foi bem assim. Nolan foi a aposta que deu certo. Batman Begins deu um novo tom sério, realista e verossímil ao extremo, bem explicado – às vezes, até prolixo – ao Homem Morcego. A franquia mais uma vez estava viva e pedia por mais.
Já Singer meteu os pés pelas mãos. Com um roteiro fraco, elenco sem carisma, exceto, é claro, por Kevin Spacey, e um ar de filme que pretendia ser épico mas ficou apenas datado, o seu Superman foi um fiasco. Foi tão sem graça que muita gente ainda acha que seria melhor ter feito Superman Lives de Kevin Smith, com Nicolas Cage como Clark Kent. Sério. (Não acredita? Confira nosso FormigaCast sobre o assunto!)
O momento da virada
Como num bom filme, um plot twist acontece quando a Disney compra os Estúdios Marvel. E aqui acontece um reposicionamento estratégico e uma proposta ousada que mudaria o cinema de super-heróis. Nasce o Universo Cinematográfico Marvel (MCU).
Com um planejamento de vários filmes que apresentariam os principais heróis da empresa e uma convergência para um evento grandioso que seria o primeiro grande grupo do universo: os Vingadores!
E principalmente fazendo o que a Disney sempre soube fazer de melhor: encantar o público usando os conceitos de Joseph Campbell e sua Jornada do Herói. Sem medo de errar, eles transformaram seus protagonistas em personagens carismáticos e identificáveis para o público. Como sempre foram os personagens da empresa do camundongo.
A boa escolha de atores também foi um trunfo que alavancou o Universo. Robert Downey Jr. Samuel L. Jackson, Scarlet Johansson e companhia, ganharam o público com um ar cômico e divertido que os filmes de Nolan não tinham. O MCU ganhava uma cara e uma fórmula.
E foi aqui que o barco virou para a DC/Warner.
Quando seu maior sucesso é sua maior âncora
O MCU já estava em andamento quando a Warner lançou o melhor filme de super-herói de todos os tempos: Batman – o Cavaleiro das Trevas.
Sucesso de público e de crítica, com roteiro, direção e atuações em níveis nunca alcançados por um filme do gênero, o segundo filme da trilogia de Nolan é uma obra de arte que, de tão elevado, fez com que fosse impossível iniciar um universo da DC antes de sua conclusão com o terceiro filme. E esse tempo foi precioso para que a Marvel consolidasse seu próprio Universo.
O universo realista de Nolan era exclusivo demais e o diretor não permaneceria para a criação do Universo Extendido DC (DCEU). De olho em alguém que pudesse assumir essa função, a Warner chamou Zack Snyder para Watchmen e – dentro das possibilidades – este cumpriu o papel, e ganhou a chance de assumir o planejamento do DCEU. Mas isso teria que esperar pois além de aguardar o fim da trilogia de Nolan ainda houve o “acidente” Lanterna Verde.
Os reboots de FOX e Sony
Vendo uma grande oportunidade com o sucesso dos estúdios Marvel, Fox e Sony decidiram testar mais uma vez seus principais produtos: X-Men e Homem-Aranha, respectivamente.
A primeira decidiu fazer um reboot focando numa parte da história do grupo de mutantes que ainda não havia chegado aos cinemas, a primeira turma (X-men: First Class). Foi uma boa idéia que rejuvenesceu o elenco e tentou apagar alguns erros recentes da franquia como X-men: o Confronto Final, e o esquecível X-men Origens: Wolverine. Era hora de apostar em grandes sagas dos X-men, como Dias de um Futuro Esquecido.
Já a Sony fez mais do mesmo: rebootou o personagem aracnídeo, mudou atores e apresentou novos vilões. Apesar de ser um filme razoável, a falta de novidade fez com que o novo Homem-Aranha não durasse nem mesmo uma trilogia.
A FOX conseguiu resgatar razoavelmente o universo dos Mutantes, apesar de não ter o mesmo sucesso com os outros títulos em seu poder: Quarteto Fantástico, Demolidor, Motoqueiro Fantasma e Justiceiro. Os 3 últimos acabaram voltando mais tarde para a Marvel. Mas seus filmes alternam sucessos e fracassos, tornando impossível saber como será o próximo.
A Marvel, atenta às oportunidades, expandiu o universo para outras mídias, com Agentes da SHIELD, Peggy Carter e as séries da NETFLIX como os heróis que retornaram da FOX mais alguns outros outsiders, criando um outro universo interligado mas com um tom mais sério e violento. Porém não vamos abordá-los nesse artigo.
Finalmente livre para recomeçar
Quando saiu o terceiro filme da trilogia de Nolan, Batman: o Cavaleiro das Trevas Ressurge, esperava-se que fosse tão bom quanto o anterior, mas o diretor acabou se perdendo um pouco na grandiosidade. Ao mesmo tempo algo mudou, pois é perceptível que ele não teve a mesma liberdade que havia em relação às decisões de estúdio.
A Warner acabara de ver a Marvel atingir seu primeiro objetivo com o sucesso estrondoso de Vingadores. E ainda nem tinha seu primeiro filme de consolidação para brigar. Apesar de estar acima da grande maioria dos filmes do gênero, Batman 3 não foi o suficiente para segurar o DC no alto.
A estratégia da Warner/DC foi apostar novamente em seu herói mais icônico: Superman. Com fiasco de Returns já deixado para trás, chegou a hora de revitalizar a franquia, mas agora usando a esteira deixada por Nolan e seu conceito realista e sério. O Homem de Aço viria mais escuro, contrastado, dessaturado, sem o colorido do passado e da concorrente.
A DCEU começaria com uma cara própria. Havia também um fator relevante que fez a Warner/DC acreditar que seria mais fácil implementar seus planos. No cinema, ao contrário dos heróis da Marvel que precisaram ser introduzidos, Superman e Batman já eram gigantes. Até hoje, o peso deles ainda é muito grande, se comparado aos concorrentes criados por Stan Lee.
Quando o filme finalmente chegou aos cinemas, poderia ter aproveitado o período de vacas magras que acontecia já que a Marvel conhecia seus primeiros fracassos na fórmula: Homem de Ferro 3 e Thor: O Mundo sombrio. Os outros estúdios também não estavam se saindo muito bem com o novo Wolverine: Imortal e a sequência “eletrizante” do Espetacular Homem Aranha. Entre esses filmes, apenas razoáveis, um grande filme poderia dar a solidez que o DCEU precisava.
O problema é que Homem de Aço (comentado nesse Na Tela!), apesar de grandioso, trouxe uma versão de Superman que não agradava. Henry Cavill não tinha o carisma de Cristopher Reeve, Clark Kent não tinha fraquezas, coragem e nem mesmo humildade e, logo em seu primeiro grande combate, comete um assassinato, o que para muitos foi a completa descaracterização do personagem.
Não foi o melhor começo para o novo Universo Estendido. O negócio agora era apelar. Chamem o Homem Morcego.
O Efeito Guardiões das Galáxias
Com a fórmula inicial saturada, o MCU precisava se reciclar para as próximas fases – e veio justamente das suas duas produções menos esperadas a luz no fim do túnel: Guardiões da Galáxia e Homem-Formiga. Diferente da esperada sequência dos Vingadores, e do bem sucedido Capitão América 2: O Soldado Invernal, Guardiões era divertido, mas tinha um roteiro trabalhado com diversos personagens e uma trilha sonora marcante.
Homem formiga também apostava no bom humor, e trazia um protagonista humano, bons coadjuvantes e efeitos interessantes. Os dois acabaram compensando a frustação causada por Vingadores: A era de Ultron que ficou meses apresentando trailers fantásticos mas entregou um filme sombrio e sem a identidade que o universo havia adquirido nos anos anteriores.
O sucesso de GG não ressoou apenas na Marvel mas fez com que a própria DC mudasse o tom de suas duas próximas produções: Esquadrão Suicida, e o filme que finalmente traria a pedra fundamental da Liga da Justiça, Batman vs Superman.
O excesso de colorido de Esquadrão Suicida, os trailers musicais, o Coringa de Jared Leto; tudo apontava para um filme voltado para o mesmo público que tinha gostado do tom mais leve de Guardiões. Em BvS o trailer trazia um Batman menos sisudo e capaz de fazer piadas!
Será que o DCEU não seria tão sério como o universo de Nolan, então?
E chegou a hora do confronto direto
2016 foi o ano em que os quatro estúdios iriam finalmente mostrar suas armas ao mesmo tempo. A DC iria unir seus dois maiores ícones no cinema pela primeira vez, e queria fazer do evento algo colossal. A Marvel levaria sua saga de maior sucesso dos últimos tempos, Guerra Civil e para isso fez algo inédito, um crossover com a Sony. Trazer o Homem-Aranha para o MCU seria benéfico para ambos os estúdios, e faria com que eles tivessem poder de fogo para bater de frente com o temido BvS. A FOX também iria mostrar que tinha com o que brigar (apesar do fracasso fenomenal do reboot de Quarteto Fantástico), traria um dos maiores vilões dos X-Men, Apocalypse.
Mas quem roubou a vez foi um intruso: Deadpool. Sem muitas pretensões, orçamento baixo, imagens reutilizadas, e contando única e exclusivamente com o carisma do anti-herói, a FOX resolveu apostar num filme para adultos, com linguajar e cenas impróprias para menores. O resultado não podia ser mais surpreendente. Prêmios, recordes e bilheteria que garantiram uma sequência, e pôs pressão nos outros filmes.
E finalmente chegou a grande hora da estreia de Batman vs Superman: A Origem da Justiça. Foi quando o Universo Estendido DC encontrou seu maior adversário: a Warner.
O estúdio picotou o filme e levou aos cinemas uma versão confusa, diferente do planejamento de Zack Snyder e que juntava duas sagas de peso, O Cavaleiro das Trevas e A Morte do Superman, que tinham potencial para dois filmes diferentes – e muito melhores. A pressa em alcançar a concorrente fez com que o próprio estúdio sabotasse seu grande trunfo. Um furo na água, que só não foi pior porque mesmo assim a bilheteria foi enorme. Mas até o mais fã da DC desanimou com segundo filme do DCEU.
Nem a adição de mais de 30 minutos na versão de Blu Ray foi o suficiente para salvar a polêmica das mães dos heróis sendo a razão deles se juntarem para lutar contra um inimigo em comum: o Lex Luthor sem rumo apresentado por Jesse Eisenberg. Ao menos a Mulher Maravilha salvou-se dessa confusão. Os personagens foram introduzidos, mas a que custo?
Com o naufrágio do grande adversário e com o hype da primeira aparição do Homem-Aranha no MCU, Capitão América: Guerra Civil poderia navegar tranquilamente nesse mar aberto. E cumpriu sua missão com a franquia, mas pecou pela falta de ousadia. O filme fez muito bem o fan service ao apresentar cenas que estavam guardadas na memória dos fãs, novos personagens e um conflito curiosamente parecido com o de BvS.
Mas enquanto a DC teve a coragem de matar seu personagem de maior destaque, a Marvel titubeou e tornou o filme bem menos poderoso do que devia. Podia ter deslanchado, mas acabou entregando a bola para o adversário, e acabaram no zero a zero.
A FOX, mais uma vez, mostrou como é irregular, e entregou X-men: Apocalypse como um filme sem força e que podia simplesmente nem ter existido.
Mas ainda faltavam as últimas cartadas: Esquadrão Suicida e Doutor Estranho.
Mas outra vez a DC decepcionou. Esquadrão Suicida já tinha um grande problema para Jared Leto, que precisava fazer com que o maravilhoso Coringa de Heath Ledger não o atrapalhasse na nova versão. Mas conseguiu apenas ser histriônico e mais falso que o “não-bigode” de César Romero.
Além disso, o protagonismo forçado de Will Smith, e um roteiro mais confuso que a cabeça da Arlequina, jogaram o filme por água a baixo. Não, o Universo DC não tinha dado conta da pressão. Diga-se de passagem, outra vez o dedo podre dos produtores da Warner parece ter pesado na edição final.
E, mais uma vez, a Marvel teve a chance de aproveitar a derrapada da concorrente. E, mais uma vez, foi covarde e apostou na fórmula de sucesso. Visualmente lindo, Doutor Estranho é apenas “divertidinho”, mas não passa nem perto de ser marcante. 2016 acabou, e apenas Deadpool foi realmente digno de nota.
O próximo round
E finalmente chegamos a 2017. Um ano que pode finalmente consolidar o Universo DC, e revitalizar o desgastado universo Marvel.
Mas quem saiu na frente, de novo, foi a FOX. Logan, último filme de Hugh “Homão da Porra” Jackman, finalmente trouxe uma versão digna do Carcaju. Denso, melancólico, melodramático e violento, e com uma censura 18 anos, nos EUA, Logan conseguiu sozinho o que os outros dois filmes solo do Wolverine não conseguiram: ser divertido e ao mesmo tempo RELEVANTE.
Nesse jogo de poker entre os estúdios, a FOX aumentou as apostas mas a Marvel cobriu. Guardiões da Galáxia Vol.2 foi outro tiro certeiro de James Gunn. Tão divertido quanto o primeiro, e mais um filme de família do que de super-heróis, Guardiões 2 trouxe a liderança da brincadeira de volta para a Marvel.
Agora vem as novas apostas
E a DC vai mais uma vez usar de seus chavões para bater de frente. Mas se é para arriscar que seja com ousadia. Vem aí a Mulher Maravilha. A princesa guerreira e feminista do DCEU vem com força, e pelas críticas internacionais, finalmente foi um acerto em cheio.
A DC pode ter metido os pés pelas mãos nos seus lançamentos desse Universo Estendido, mas não foi por falta de coragem. Seu quarto filme já traz uma mulher protagonista solo, coisa que em mais de uma dezena de filmes a Marvel ainda não fez. A eterna promessa do filme da Viúva Negra vive rondando, mas nunca é confirmado. E é provável que (se acontecer) não venha a ser com Scarlet Johansson. Antes disso devemos ter a Capitã Marvel. Será?
Enquanto isso, o estúdio mais uma vez vai de um crossover. Thor: Ragnarok virá turbinado com um Hulk gladiador resgatado da saga Planeta Hulk, e deve ser o melhor filme da franquia do Asgardiano. Oremos para Odin.
A Sony cobrou o favor da Marvel, e trouxe o Homem de Ferro para revitalizar um Homem Aranha mais novo e com cara de universo Ultimate. Parece ser um bom retorno ao lar.
E por último, no final do ano teremos alcançado o principal objetivo para estabelecer e consolidar o Universo Estendido DC: Liga da Justiça.
Ainda é uma incógnita o que pode acontecer, mas esperemos que a DC consiga finalmente estabelecer um padrão para sua narrativa. E que com isso puxe para cima a barra das produções desse gênero. Será bom para ela, para a Marvel e seus universos e para o fã que finalmente poderá ver mais produtos de alto padrão.
Enquanto não há certezas, façam suas apostas!!