Cinco momentos do monarca bretão no cinema
O Rei Arthur e seus Cavaleiros da Távola Redonda estão presentes na literatura galesa desde o século V. Segundo os famosos romances de cavalaria que fizeram a infância de muita gente uma época mais feliz, Arthur foi um líder britânico que liderou a defesa da Grã-Bretanha contra os invasores saxões. Debates dentro e fora da Academia discutem o que é invenção e o que realmente ocorreu durante as batalhas e o reinado de Arthur. Uma história permeada por personagens mágicos, como o Mago Merlin e sacerdotisas pagãs, só poderia atiçar a criatividade dos roteiristas em busca de uma boa trama de aventura para as telonas. No embalo do lançamento de Rei Arthur: A Lenda da Espada, do diretor Guy Ritchie, separamos cinco exemplares da saga do filho bastardo que arrancou a espada da pedra e tornou-se rei.
(Que tal conferir também a resenha e o FormigaCast sobre a trilogia literária de Bernard Cornwell?)
Confira!
5- Excalibur (John Boorman, 1981)
O diretor tem fama de ser bom em ação, logo este filme não foge à regra. Boorman colocou força nas batalhas e, logo nas primeiras cenas, explora os duelos violentos da Idade Média. Tanto que a produção virou um clássico da Sessão da Tarde, bem ao estilo fantástico que fez sucesso nos anos 80 e 90. Helen Mirren surge deslumbrante em cena com um figurino que a deixa parecendo uma cantora pop, mas a linguagem e os dilemas são típicos da rotina de reis, rainhas e cavaleiros.
4 – Os Cavaleiros da Távola Redonda (Richard Thorpe, 1953)
Mais uma superprodução. Só que dessa vez não temos canções ou cenários inovador. O filme de 1953 segue as regras de um bom épico, com direito a centenas de figurantes e cenários montados em estúdio que reproduzem a grandiosidade dos castelos medievais. Mel Ferrer e Robert Taylor encabeçam o elenco, que ainda conta com a diva Ava Gardner no papel de Guenevere. Uma aventura clássica que, apesar da fotografia e dos figurinos exageradamente coloridos, ainda diverte quem prefere um bom filme ao invés de uma reconstituição de época detalhista.
3 – Camelot (Joshua Logan, 1967)
Vencedora de três Oscar, a superprodução de 1967 se baseou no romance escrito por T. H. White e tem seu foco no romance entre o Rei Arthur e sua esposa Guenevere, casal interpretado por nada mais, nada menos que Richard Harris e Vanessa Redgrave. Não bastassem os grandes nomes como protagonistas, o terceiro elemento surge com Sir Lancelot, interpretado por Franco Nero, que chega para abalar o coração de Guenevere e tornar as coisas no reino de Camelot bem complicadas. Seguindo o formato tradicional do musical americano, onde do nada as pessoas começam a cantar, o filme, apesar do sucesso de público, é mais lembrado por uma história de bastidores: foi durante as filmagens que começou o romance entre Redgrave e Nero, que tiveram um filho dois anos depois. Porém, o casório só aconteceu em 2006. O amor é lindo, não?
2 – A Espada Era a Lei (Wolfgang Reitherman, 1963)
Ah, os clássicos da Disney! Se plantaram nas meninas do mundo inteiro a síndrome de princesa, também garantiram o interesse por história dos(as) pequenos(as). Transformar o Rei Arthur em um desengonçado garoto que acredita na bondade do ser humano pode parecer inocência demais, porém o alívio cômico protagonizado pelo Mago Merlin e sua fiel coruja Arquimedes compensa qualquer romantismo exagerado do protagonista. Isso sem contar o duelo entre Merlin e Madame Min, em sua primeira aparição no cinema.
1 – Monty Python Em Busca do Cálice Sagrado (Terry Gilliam e Terry Jones, 1975)
Parece piada, mas não é. Muita gente teve um primeiro contato com a lenda do Rei Arthur por meio desta sátira inteligente e nonsense do grupo britânico de humor Monty Python (inclusive já rendeu um Formiga na Tela muito divertido!). Não espere resgate histórico. O período medieval e a busca dos cavaleiros pelo seu governante é apenas um propósito para John Cleese e sua turma avacalharem a política britânica da década de 1970 e criarem cenas hilárias. Dos Cavaleiros que dizem Ni ao ataque do coelho assassino, é impossível sair sério de uma sessão deste clássico. Fica a dica: a versão dublada garante diversão em dobro!
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