Poucos estúdios como a Pixar conseguem segurar tal nível de qualidade durante tanto tempo
Fundada em 1986 pelo animador John Lasseter, um dos mais talentosos da Disney, a Pixar Animation Studio se tornou sinônimo de qualidade e originalidade após o lançamento do seu primeiro filme, Toy Story em 1995. Como o estúdio fez 53 filmes (17 longas e 35 curtas), sempre demonstrando grande qualidade na maioria das vezes, a Pixar se tornou um dos estúdios de animação mais queridos da última década. Aproveitando o lançamento de Carros 3 decidimos fazer um ranking dos longas do estúdio. Portanto, sentem-se e se preparem para a nostalgia.
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O Bom Dinossauro (Peter Sohn, 2015)
Praticamente um filme de encomenda. Apesar de ter momentos fofinhos, é um longa que não chega nem perto dos melhores momentos do estúdio, sendo completamente esquecível.
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Carros 2 (John Lasseter, 2011)
Ainda não conferi o terceiro filme, mas o universo de Carros nunca foi muito bem explorado. Parece que para esse segundo filme, os produtores escutaram críticas que diziam que o primeiro era muito parado, e tinha pouca ação. Então tiveram a ideia de fazerem uma trama de espionagem – e o resultado final é medíocre.
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Valente (Mark Andrews e Brenda Chapman, 2012)
Valente tem uma protagonista excepcional, isso é fato. Mas infelizmente o filme depende dela e apenas dessa personagem e essa dependência acaba prejudicando o resultado final. Mas vale destacar o trabalho impecável de arte e pesquisa quanto a cultura representada no filme.
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Universidade Monstros (Dan Scanlon, 2013)
Prelúdio do ótimo Monstros S.A. não chega nem aos pés do filme original, mas tem o seu charme por conta do ótimo universo que faz parte, e da dupla de protagonistas – Mike e Sully – que contém uma excelente química. Um filme divertido e funcional.
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Procurando Dory (Andrew Stanton, 2016)
A peixinha Dory sempre foi o destaque de Procurando Nemo, e acabou ganhando um filme em que ela é a protagonista. O resultado é positivo, por conta do carisma de Dory e de ter como coadjuvante o polvo Hank, que é um dos melhores personagens da Pixar.
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Carros (John Lasseter, 2006)
A primeira aventura de Relâmpago McQueen é simpática, e contém ótimos personagens. Mesmo tendo uma mensagem muito bonita, peca por não expandir o seu universo. Mas ainda é um filme muito emocionante.
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Procurando Nemo (Andrew Stanton, 2003)
Uma das aventuras mais bem feitas do estúdio. Procurando Nemo contém um roteiro muito bem escrito, com o qual o expectador cria uma forte conexão com o protagonista e sua busca. Além de ser um dos filmes de visual mais impactante do estúdio.
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Monstros S.A. (Pete Docter, 2001)
Uma comédia muito divertida. Dos universos criados para os filmes da Pixar, o de Monstros S.A. é um dos mais criativos: em um mundo aonde só se vivem monstros, esse devem assustar crianças para conseguirem energia, e existe uma empresa especializada nesse quesito. É um dos mais encantadores do estúdio.
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Vida de Inseto (John Lasseter e Andrew Stanton, 1998)
Uma releitura interessante do clássico Os Sete Samurais, de Akira Kurosawa: para evitar que o formigueiro em que mora seja atacado por gafanhotos, a formiga Flik vai há até a cidade para encontrar sete insetos para ajudar a combater os gafanhotos. É uma aventura leve e familiar, que tem uma excelente trilha sonora de Thomas Newman.
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Os Incríveis (Brad Bird, 2004)
Brad Bird não é da turma original de animadores da Pixar, mas já tinha realizado o ótimo O Gigante de Ferro com a Warner Bros. Sua estreia no estúdio não podia ser melhor: uma aventura matinê com uma família de super-heróis. É um dos melhores filmes de ação da Pixar, e que mostra que Bird é um artista realmente talentoso.
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UP – Altas Aventuras (Pete Docter, 2009)
Que jogue a primeira pedra quem não chorou nos primeiros vinte minutos de UP. Esses primeiros minutos já mostram a maturidade de Pete Docter como diretor. Apesar de ser uma história que aparenta ser bobinha (um senhor que vai a um mundo perdido com a sua casa presa a balões), esse é um dos filmes mais sensíveis do estúdio. E vale destacar a ótima trilha de Michael Giacchino.
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Toy Story 2 (John Lasseter, 1999)
Toy Story é uma daquelas franquias que ninguém pode reclamar que vai perdendo a qualidade de filme pra filme. Ela não só continua, como melhora. As introduções da vaqueira Jessie, o cavalo Bala No Alvo e de Zurg só melhoraram um universo que já era muito envolvente, além de tocar em um assunto que continua desde o primeiro filme: o medo do esquecimento.
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Toy Story (John Lasseter, 1995)
O filme que começou todo o legado da Pixar. Toy Story já mostra como a mente dos animadores da Pixar era diferente: é um filme infantil, mas que fala de temas como aceitação e – como já foi dito acima – o medo do esquecimento; ao mesmo tempo em que mostra a importância da felicidade de uma criança. Mesmo com a animação um pouco datada, continua um filme excepcional.
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Ratatouille (Brad Bird, 2007)
Lembram quando falei que Brad Bird era um artista muito talentoso? Pois bem, Ratatouille é a sua obra de arte. É um filme que mostra que qualquer pessoa –ou animal- que tenha talento e amor pela arte que pratica, tem que correr atrás. É uma das mensagens mais sinceras de um filme da Pixar.
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WALL-E (Andrew Stanton, 2008)
Uma distopia com uma importante mensagem ambiental, que ao mesmo tempo faz uma homenagem aos filmes mudos. Isso deixa WALL-E como um dos filmes mais originais do estúdio – e o casal de protagonistas é um dos melhores da Pixar: os robôs WALL-E e EVA.
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Toy Story 3 (Lee Unkrich, 2010)
Que jeito lindo de se fechar um ciclo. Como todo terceiro exemplar de uma franquia, o público estava com medo do que poderia vir desse novo filme. É emocionante demais, ao ponto de fazerem muitas pessoas chorarem. Toy Story 3 é um filme completo que fecha todas as questões da franquia de maneira mais que satisfatória.
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Divertida Mente (Pete Docter, 2015)
Mais um filme que arrancou lágrimas de várias pessoas. O brilhantismo de Divertida Mente está em ser um filme humano, que conversa com várias pessoas, e cuja a aparente simplicidade o torna tão emocionante. A briga entre os sentimentos é algo tão comum, que não tem como uma pessoa não se identificar com a protagonista. É um filme que merece o seu destaque. Não é um filme apenas para crianças – todos vão se conectar com a mensagem do filme.
Enfim, esse é o ranking dos filmes da Pixar! Gostaram ou não? Qual posição deveria ser trocada? Curtam e compartilhem!