As mulheres fortes e independentes do Cinema recente
Mulher Maravilha está prestes a estrear, e não há melhor momento que o atual para fazer uma lista com 5 das maiores heroínas do Cinema. Afinal de contas, poucas figuras representam com tanta precisão os ideais femininos de fortaleza e independência tanto quanto a deusa greco-romana. Como a história da Sétima Arte está repleta de mulheres inesquecíveis, resolvemos selecionar as personagens da nossa lista a partir de uma janela de tempo que vai desde a década de 1970 até os dias de hoje. Apostamos que todos os nomes selecionados são conhecidos do grande público. Mas já estamos nos estendendo muito. É hora de abrir alas e dar a elas o espaço que merecem.
Confiram:
05 – Imperatriz Furiosa, de Mad Max: Estrada da Fúria
Em um filme no qual não há roteiro e a trama é um mero ponto de partida para duas horas praticamente ininterruptas de sequências de ação, o fato de que uma personagem como Furiosa consiga não só se destacar como também ter um arco dramático razoavelmente construído é digno de ser elogiado. É claro que enxergar em Mad Max: Estrada da Fúria (já leu a nossa crítica?) um libelo feminista é um exagero (o longa não passa de um filme de ação descerebrado e divertido), mas a força da personagem e a intensidade da performance de Charlize Theron são suficientes para torná-la inesquecível.
04 – A Noiva, de Kill Bill – Volume 1 e Kill Bill – Volume 2
Se analisarmos com cuidado a palavra heroína, veremos que a Noiva, personagem interpretada por Uma Thurman nos filmes de Quentin Taratino (cuja filmografia rendeu um FormigaCast), não se encaixa no conceito referente ao termo. Porém, levando em conta o fato de que, no universo cinematográfico do diretor, a vingança e a violência podem ser catárticas e redentoras, não há como não torcer para que a jornada da personagem, que consiste em ir atrás e assassinar todos os membros da gangue que a espancou e deixou para morrer no dia de seu casamento, seja finalizada com sucesso. Em qualquer outro mundo, iríamos repreendê-la pelos seus atos. Mas, no mundo de Tarantino, ele se transforma numa típica heroína cinematográfica.
03 – Major Motoko Kusanagi, de O Fantasma do Futuro
Idealizada e concebida por Masamune Shirow (caso interesse, leia este artigo sobre as influências do escritor), a Major Motoko Kusanagi foi trazida aos cinemas em 1995 no anime O Fantasma do Futuro (recentemente, foi feita uma versão hollywoodiana em live action). Uma mistura de consciência humana com um corpo sintético fabricado, a protagonista vaga pelas ruas e realiza as suas missões ao mesmo tempo que é atormentada por questionamentos acerca da sua própria natureza. Complexa, questionadora e angustiada, a personagem é uma das heroínas mais memoráveis dos últimos anos.
02 – Sarah Connor, da saga O Exterminador do Futuro
Esqueçam os filmes que foram realizados nos anos seguintes. A saga de Sarah Connor no Cinema devia se restringir somente aos dois primeiros filmes roteirizados e dirigidos por James Cameron (ouçam o FormigaCast que foi feito sobre a franquia). São nas roupas e na aparência de Linda Hamilton que a personagem ganhou fama e entrou para a galeria das grandes heroínas da Sétima Arte. Uma espécie de Nossa Senhora e mãe do garoto que seria perseguido posteriormente pelos ciborgues da Skynet, Sarah representa com perfeição a força indestrutível do espírito materno.
01 – Ellen Ripley, da saga Alien
Não há como não dar o primeiro lugar desta lista à icônica personagem interpretada por Sigourney Weaver na saga cinematográfica do xenomorfo (confira o ranking da franquia). Nos quatro primeiros filmes, Ellen Ripley representou tudo: a sobrevivência, a maternidade, a força, o sacrifício, a perseverança, a morte e o renascimento. Perseguida por toda a sua vida pela figura aterrorizante do alienígena assassino, ela nunca desistiu, continuando a enfrentá-lo até suas últimas forças. Se, nos dias de hoje, vemos um leque maior de heroínas fortes e independentes, uma grande parte dessa conquista se deve a Ellen Ripley. Depois dela, a representação feminina no Cinema nunca mais foi a mesma.
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