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A Liga da Justiça em cinco ótimas HQ’s!

A Liga da Justiça e seu TOP 5 dos quadrinhos!

O supergrupo mais importante da DC chegou aos cinemas (crítica no ar), uma boa hora para falarmos de alguns momentos muito bacanas dos quadrinhos, certo? A Liga da Justiça da América (Justice League of America, ou JLA), ou apenas Liga da Justiça, surgiu em 1960, em The Brave And The Bold #28, juntando os heróis mais conhecidos da editora. Batman, Superman, Mulher-Maravilha, Aquaman, Flash, Lanterna Verde e Caçador de Marte.

De lá para cá, foram diversas formações (confira os personagens que já passaram pela equipe), como acontecia com os Vingadores na Marvel (veja também este vídeo), mas a formação clássica sempre foi a mais lembrada e querida. Tanto que ela sempre volta. Passadas cinco décadas de existência, algumas HQ’s marcaram essa trajetória. Procuramos evitar as histórias alternativas da linha Elseworlds, mesmo que algumas delas sejam realmente fantásticas (como Reino do Amanhã ou A Nova Fronteira).

Confira a Liga da Justiça em seus melhores momentos nas HQ’s

A Liga da Justiça e suas cinco melhores HQ's

5- Justiça (Justice) – Publicação original entre 2005 e 2007. No Brasil, entre 2007 e 2008 (Panini).

A minissérie em 12 partes foi uma iniciativa da mesma equipe responsável por Terra X, na Marvel. Alex Ross e Jim Krueger escreveram a história, com Doug Braithwaite e Ross na arte. Simplesmente, conforme a própria equipe assume, é uma história de Superamigos contra a Legião do Mal, mas com a pegada mais séria dos quadrinhos.

Quando vários super-vilões começam a ter pesadelos com a Terra destruída em um conflito nuclear que a Liga da Justiça não impediu, resolvem tomar uma medida definitiva contra o grupo de heróis. Dá-lhe super-herói e super-vilão para todo lado, em uma situação onde é preciso descobrir o verdadeiro arquiteto destes confrontos.

Diversão total em uma história longa que assume sua simplicidade temática, com arte bem acima da média. O tipo de HQ que faz o verdadeiro fã da DC sorrir em vários momentos.

 

A Liga da Justiça e suas cinco melhores HQ's

4- LJA/Vingadores (JLA/Avengers) – Publicação original em entre 2003 e 2004. No Brasil, 2004 (Panini)

Minissérie em 04 partes. O #1 e #3 saíram com o título LJA/Vingadores, invertendo no #2 e #4. Um encontro épico que deveria ter acontecido na década de 1970, que até teve algumas páginas de George Pérez prontas, mas engavetado por conta de disputas editoriais. Mais de duas décadas depois, o enciclopédico Kurt Busiek topou assumir os roteiros. Pérez retornou no lápis, é claro.

O crossover não foi apenas um festival de pancadaria entre os catálogos das duas maiores editoras de quadrinhos. A trama foi um deleite para os fãs de longa data da DC e da Marvel, já que aproveitou o conceito de universos paralelos estabelecido em outras sagas para justificar o encontro dos heróis e o conflito entre eles.

Não só isso, as diferenças conceituais entre os dois universos, além das leis da “física” que explicam poderes, foram levadas em consideração. Também tem a imensa galeria de personagens nas diversas formações dos grupos ao longo dos anos. Fora isso, qual é o cara da grande indústria que desenha multidões de heróis melhor que George Pérez? A Liga da Justiça pode até dividir o estrelato, mas o trabalho é tão bom que merece figurar entre suas melhores HQ’s.

 

A Liga da Justiça e suas cinco melhores HQ's

3- Torre de Babel (Tower of Babel) – Publicação original em JLA #43-46, em 2000. No Brasil, publicada em Superman #17, em 2001 (Linha Premium, editora Abril)

Feita sob medida para quem curte o lado maquiavélico do Batman, Torre de Babel foi escrita por Mark Waid e ilustrada por Howard Porter. Individualmente, a Liga da Justiça tem seus membros neutralizados, com planos elaborados meticulosamente sobre os poderes de cada um. O problema é que o responsável, Ra’s Al Ghul descobriu essa estratégia invadindo o computador da bat-caverna, revelando que o homem-morcego criou esses protocolos em segredo.

A intenção era justa, preparando-se para o caso da Liga vir a ser controlada por algum vilão, mas não é tão fácil descobrir que um companheiro fez isso pelas suas costas, não é? Waid ainda teve o cuidado de criar uma situação que desequilibrasse Batman, deixando o caminho livre para o vilão.

Entregando os detalhes na dose certa, o roteiro aguça a curiosidade do leitor sobre como cada membro da Liga será detido. Aliás, cada uma dessas maneiras tem um lado meio sádico até

 

A Liga da Justiça e suas cinco melhores HQ's

2 – Terra 2 (Earth 2) – Publicação original em 2000. No Brasil, publicada em agosto do mesmo ano, em Superman #1 (Linha Premium, editora Abril)

Grant Morrison e Frank Quitely juntos quase sempre é garantia de qualidade. Aqui não foi diferente, quando o roteirista resolveu fazer uma espécie de remake da HQ Crisis on Earth 3, de 1964. Na ocasião, o Sindicato do Crime da América, versão maligna da Liga, foi apresentado. O tempo passou, o conceito de multiverso foi abandonado, retomado e, enfim, Morrison achou legal fazer sua própria versão deles. E explorou bem o conceito de universo espelhado.

Quando um Lex Luthor do bem surge em nosso universo pedindo ajuda, a Liga decide ajudá-lo a derrotar seus inimigos do Sindicato do Crime. Voltando com ele, os heróis descobrem que existem muito mais coisas diferentes – e complicadas – ali do que super-vilões que dominaram o mundo.

Fora as boas sacadas do roteiro, a arte de Quitely brilha. Não apenas no traço diferenciado, mas também caprichando no tom épico que histórias como essa precisam.

 

A Liga da Justiça e suas cinco melhores HQ's

1 – Nova Ordem Mundial (New World Order) – Publicação original em JLA #01 04, em 1997. No Brasil, publicada em Os Melhores do Mundo #09-12, em 1998 (formatinho, editora Abril)

Numeração zerada é sempre um evento nas grandes editoras. Sabemos que, normalmente, isso não passa de jogada de marketing, mas aqui temos uma exceção. Grant Morrison, ele de novo, assumiu o título do super grupo, prometendo trazer de volta tudo que o fazia especial. Era preciso, já que a década de 1990 não foi das mais felizes em termos criativos.

Promessa cumprida. Nova Ordem Mundial é o primeiro arco de Morrison no título, aproveitando a premissa já conhecida de alienígenas que chegam à Terra e seduzem a população com a promessa da utopia. Claro que é uma fachada e a Liga precisará desmascarar os visitantes.

A arte de Howard Porter está longe de ser deslumbrante, mas dá conta. Grant Morrison reuniu a formação clássica, aproveitando bem os poderes de cada um (além da inteligência e “preparo” do Batman), assumindo a opção de retratá-los como divindades aos olhos das pessoas comuns. Até a base de operações do grupo refletia essa ideia.

Essa é, na minha humilde opinião, a história definitiva do grupo. Para recomendar ao seu amigo que nunca leu uma HQ da Liga da Justiça.

 

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