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Gamers, jogos de azar e a misteriosa (e idiota) tributação!

Se games são jogos de azar, os gamers são carta fora do baralho

Estamos nos aproximando do natal. E nós, pobres gamers mortais assalariados (não necessariamente nessa ordem… crie a sua!), começamos a assaltar cofrinhos, e procurar no fundo das gavetas por notas e moedas perdidas com vista em comprar um, dois ou quem sabe até três títulos dos aguardados lançamentos de final de ano.

Ser gamer no Brasil não é fácil. Em uma média de R$ 200,00 por jogo recém lançado, comprar três significa desfalcar o 13º salário, e garantir que a única viagem feita seja pela vastidão da Terra Média ou coisa que o valha.

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Lá, o único azar é ter que jogar o mais recente fora, porque saiu um mais recente no dia seguinte…

Isso porque, no início da década de 70, quando os primeiros arcades desembarcaram no país, o mentecapto que as recebeu na alfândega, sem haver categorização para elas, taxou-as como máquinas jogos de azar. Simplesmente o artigo de maior carga tributária da época. De lá pra cá, todo console – ou mesmo jogo de videogame – recebe a tal taxação.

E o mais interessante disso tudo? Os jogos de azar são proibidos em terras tupiniquins. Qualquer país sério – ou menos preguiçoso – reavaliaria a tributação de um item que é taxado como algo que já não tem mais a comercialização permitida. Mas aqui? Nãããão…

Por que não no PC?

E aí você me aponta o dedo e diz: “Tá viajando, meu! Por que então os jogos de PC são mais baratos que os de console?”. “Ahá!”, respondo eu. Os jogos de PC, caros amigos jedi que tem a habilidade necessária para jogar com um teclado e mouse (eu não, sorry), são tributados como softwares.

Você deve lembrar que há alguns anos, os jogos de PC, quando vinham em uma caixinha, tinham a inscrição “DVD Room” ou ainda “CD Room” na capa (nota do editor: o autor desse artigo é realmente velho). Era quase um código para que pudesse ser taxado como programa de computador, e não jogos de azar.

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Guilherme Bicca não consegue fazer isso.

E a comparação com os games comprados no exterior geram outra dúvida, na verdade baseada em um equívoco: “se os jogos tem preços pouco convidativos por serem importados, então por que mesmo os made in Zona Franca de Manaus são tão caros?”. Justamente porque não importa se são fabricados na China ou em Quixeramobim, eles continuam sendo jogos de azar para o legislador.

Azar é ser gamer em um país desses, e não ter coordenação motora suficiente para jogar no PC. Numa hora dessas você até agradece por dezembro ter poucos lançamentos decentes.

2018 tá logo aí

Mas 2018 promete ser uma verdadeira roleta com títulos como God of War, Read Dead Redemption 2, The Last Of Us Part II, ou o remake de Shadow of The Colossus. Acho que vou pro bingo ver se ganho uma graninha.

Ah… e eu já ia esquecendo de dividir minha dúvida mortal com vocês: se os jogos de azar são proibidos no Brasil, porque ainda não apreenderam todas aquelas máquinas de caçar bichos de pelúcia? Mais caça-níqueis que aquilo, impossível. (nota do editor 2: não é jogo de azar, é jogo de técnica)

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