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Entrevista com Lucas Pereira – Autor de Drillit!

Óia nóis aqui, ‘traveis! Como podem notar, estou tentando provocar um bichinho dentro de cada um dos entusiastas de jogos de tabuleiro. Desejo atiçar a criatividade praticamente nata e focá-la para a criação de jogos de tabuleiro. Esta semana, por exemplo, conversei com Lucas Pereira, mais um que conseguiu colocar no mercado uma criação sua. Drillit! – A Fuga da Montanha de Cristal foi um êxito em seu financiamento coletivo e logo vai começar a ser enviado para aqueles que o apoiaram. Trata-se de um jogo cooperativo no qual 2-4 gnomos tentam escapar das entranhas de uma montanha com sua perfuratriz. Enquanto escavam o labiríntico subsolo, são alvos de sucessivos ataques de goblins, que tentam danificar o tempo todo vosso equipamento. Cada gnomo é mais eficaz numa determinada tarefa, por exemplo o Soldado elimina gnomos mais facilmente enquanto o Mecânico é capaz de reparar a perfuratriz mais rapidamente do que seus colegas. Durante a fuga, vocês podem encontrar cristais especiais que conferem habilidades únicas a equipe. Outro fator interessante é que o jogo oferece a possibilidade de partidas com diferentes níveis de dificuldade, fazendo com que este jogo possa variar desde uma descontração entre jogadores iniciantes até um ferrenho desafio para os veteranos!

Sem mais, confiram a entrevista com Lucas Pereira!

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Formiga Elétrica: Olá Lucas! Agradeço demais a atenção, vamos começar falando sobre o lado empresarial dos jogos de tabuleiro. Quem acompanha o hobby num nível profissional, nacionalmente, notou que muitas editoras têm surgido no mercado. Qual foi o reflexo disso para quem cria jogos de tabuleiro?

Lucas Pereira: Estou meio por fora do mercado nacional atualmente, mas o que notei nesses últimos anos é que existem dois tipos de editoras no Brasil: Editoras que buscam trazer jogos lá de fora, licenciando títulos já consagrados no exterior e editoras BEEEEEM menores que nasceram para publicar os jogos de autoria dos seus fundadores e que seguem nessa linha atualmente.
Algumas dessas empresas mais conhecidas no mercado estão começando a abrir as portas e ajudar o desenvolvimento interno de jogos aqui no Brasil e mostrando para todos que sim, o Brasil também sabe fazer jogos bacanas!
É um processo lento, mas estão aparecendo nomes que já são bem famosos na comunidade de gamers e desenvolvedores aqui no Brasil, isso ajuda a incentivar o pessoal!

FE: Você tem bastante contato com a realidade internacional dos jogos de tabuleiro. O que você acha que o mercado brasileiro tem de melhor, neste segmento?

LP: Hummm… os brasileiros são bem criativos, tanto no game design como na produção dos jogos. Acho que essa capacidade de “improvisar”, seja lá qual for o motivo, traz um tempero aos jogos nacionais e aos designers que propõem coisas diferentes do que estamos acostumados do mercado internacional.

FE: E no quesito “jogadores”? O que você sente que é diferente nos tupiniquins?

LP: Acho que a cultura daqui favorece alguns tipos de jogos verem mais mesa do que outros.

FE: Drillit, jogo de sua autoria que foi um sucesso no financiamento coletivo está nas etapas finais de montagem e em breve será enviado para os apoiadores. Eu tive contato com o protótipo  e me recordo de ter gostado! Você está satisfeito com o produto final? Componentes, arte, versão final das regras… enfim. Como se sente em relação ao teu trabalho (e de todos os envolvidos), agora que está às portas de ser experimentado pelo público geral?

LP: Ainda não tive acesso aos componentes finais, mas pelo que vi por Skype com o Luiz da Papaya, tudo está muito bom! Acho que todos vão se divertir bastante com a arte e os easter eggs que colocamos lá, além das peças e cristais que ajudam muito na imersão do jogo! Todos os envolvidos estão de parabéns!

Protótipo

FE: Para qual tipo de jogador você recomenda Drillit?

LP: Para todos os jogadores! Drillit, apesar de ser bem simples (comparado aos jogos europeus com extensas regras e complexidade elevada), possui níveis de dificuldades que desafiam até o pessoal que já joga Board game há anos. Ele é muito bom como jogo introdutório, para apresentar o hobby a outras pessoas. Minha namorada por exemplo, adora o jogo, apesar de não gostar de quase nenhum jogo!

FE: E novidades, Lucas? O que vem por aí, de sua autoria? Quais são seus próximos trabalhos?

LP: Nada em vista. Não vou dizer que Drillit foi o meu primeiro e último jogo, mas por enquanto estou distante do desenvolvimento de jogos. Vamos ver se a recepção do público ao Drillit me faz querer desenvolver algo!

FE: Entendo… Agora é o último turno: o que você sente que poderia dar uma fortalecida no nosso hobby?

LP: Sinto falta de um evento focado em jogos de tabuleiro, algo que divulgue o hobby como algo consistente. O evento que rolou nesse último dia 21 (Diversão Offline) é algo que espero que se torne constante. Falta também algo como a Origins e a UnPub que incentiva a criação de jogos e mostra e leva o trabalho dos designer ao público.

Espero que tenham curtido a entrevista! Fiquem ligados no Formiga Elétrica para mais novidades!

Abraço a todos e bons jogos!

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