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Jurassic World – É uma boa diversão!

Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros foi comentado no Formiga na Cabine!

Jurassic World

Em 1993, Steven Spielberg fascinou adultos e crianças trazendo “à vida” seres magníficos extintos a mais de 60 milhões de anos, com Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros. Baseado no livro homônimo de 1990, escrito por Michael Crichton, o filme trouxe um vislumbre de como seria caminhar com os dinossauros de uma maneira mais palpável em termos visuais, ressuscitando aquelas criaturas fantásticas que víamos apenas ilustrados nos livros de biologia ou animados em stop-motion. E agora? O que essa nova visita no melhor parque de diversões que nunca existiu pode nos oferecer? A resposta é simples. O próprio parque!

Em Jurassic World, o parque está finalmente em pleno funcionamento e recebendo dezenas de milhares de visitantes. Toda a estrutura do complexo foi montada como uma verdadeira Disneylândia e possui os mais diversos tipos de atração como safari, montaria e exibições. Quando vemos isso em tela grande com o tema clássico de John Williams tocando ao fundo, o coração aperta. E aperta por diversos motivos. Primeiro, por trazer a nostalgia do primeiro filme. Segundo, porque queremos imediatamente entrar naquele mundo – mesmo sabendo que vai “dar merda”. E claro, a merda acontece.

Já imaginaram um Sea World Jurássico?

Já imaginaram um Sea World Jurássico?

O ponto de virada da história é quando um super dinossauro, criado pela mais avançada engenharia genética, consegue escapar de seu cativeiro. A partir de então, se inicia a caça ao réptil gigante para tentar derrubá-lo antes de devorar todos que estão no local. Para nos guiar através desse misto de “caça e fuga”, temos quatro protagonistas: Owen Grady (Chris Pratt de Guardiões da Galáxia) e Claire Dearing (Bryce Dallas Howard de A Dama na Água), que são funcionários do parque, e os irmãos Gray e Zach, vividos por Ty Simpkins (Homem de Ferro 3) e Nick Robinson (Boardwalk Empire).

O roteiro é bem básico, previsível e não se aprofunda nos personagens. Aliás, quando algo é colocado para gerar um drama ou até mesmo uma conspiração mais elaborada, acaba ficando sem conclusão e mostra ser totalmente desnecessário. Não chega a estragar a experiência, mas é uma gordura bem sentida no roteiro. Pois, fica claro que os personagens estão ali simplesmente para nos guiar durante a aventura. Felizmente, neste caso, a falta de profundidade prova-se até mesmo útil, pois o foco desse filme é a ação, algo que com certeza ele tem – e muita – com algumas cenas mais inspiradas e outras nem tanto.

É claro que o roteiro faz aquela "aura protetora" em torno de seus protagonistas e de quebra ainda dá super velocidade ;).

É claro que o roteiro faz aquela “aura protetora” em torno de seus protagonistas e de quebra ainda dá super velocidade…

A direção de Colin Trevorrow (do desconhecido Sem Segurança Nenhuma) consegue, de maneira competente, ser o ponto alto no longa. Mesmo com as limitações que uma censura PG-13 gera, o diretor consegue nos passar a sensação da violência animalesca dos dinossauros e também gerar muitas cenas de tensão, que lembram inclusive o primeiro filme. Outro acerto de Trevorrow é a utilização da profundidade de campo e o foque-desfoque que traz – além de um charme – uma ótima imersão no 3D.

Jurassic World tem seus tropeços aqui e ali, mas é divertido e merece ser visto principalmente pelas crianças. Mesmo que não seja infantil, o vislumbre daquele incrível parque, provavelmente, será capaz de alimentar a imaginação e empolgação de qualquer mente mais jovem. Além de também, despertar a vontade de conhecer um pouco mais sobre o turbulento passado longínquo de nosso planeta onde, outrora, foi o lar desses incríveis seres.

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