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5 cenas legais de luta em filmes que NÃO são de luta!

Não é só filme de luta que pode trazer um bom quebra!

Sempre é bom quando um filme quebra sua expectativa, não é? De um forma positiva, é claro, colocando aquela cereja no bolo e complementando a experiência. Pois bem, quando falamos de filme de luta, é óbvio que esperamos ver… lutas! Só que existem aqueles casos em que uma obra não identificada por esse subgênero traz uma cena de luta, ou mais de uma, que se destaca tanto e acaba roubando a cena. Ou, no mínimo, fica marcada na lembrança do espectador.

(Aliás, você que gosta de filme de luta, confira este artigo sobre o icônico Yuri Boyka)

Talvez nem seja o certo classificar esses trechos específicos como “de luta”, pois o termo briga pode ser mais adequado a esses casos. Bem, não importa, já que estamos falando de personagens trocando porrada e/ou tentando sobreviver superando o outro, ou outros, fisicamente. Luta, briga ou seja lá como você queira chamar, essas cenas selecionadas são bacanas por vários motivos e vamos a elas e às justificativas pela presença nesta lista. Em ordem de preferência deste que vos escreve, claro…

5 cenas que mostram que não é só filme de luta que tem porrada boa

Confira!

5 – Moscou Contra 007 (1963) – Sean Connery x Robert Shaw no trem

Sem nada de estilizado nesta coreografia, o James Bond vivido por Sean Connery teve que se virar no espaço exíguo de um trem contra o personagem de Robert Shaw. Primando pelo realismo, a sequencia é eficiente naquele tipo de tensão comum deste tipo de filme, com o herói prestes a ser sobrepujado e o público torcendo para que ele vire o jogo. A forma até desajeitada como os dois se enfrentam, bem distante de um Jason Bourne, por exemplo, justifica-se pelo local em que a cena se desenrola e só ajuda no clima.

 

4- Máquina Mortífera (1987) – Mel Gibson x Gary Busey na chuva

Um dos grandes sucessos daquela década, dando início a uma lucrativa franquia. O final de Máquina Mortífera mostrou o policial pirado Martin Riggs pedindo para sair na porrada com o vilão masoquista Sr. Joshua. O cara já estava indo em cana, mas era uma treta pessoal para o homem da lei e rendeu uma pancadaria de qualidade. As então pouco conhecidas técnicas de Jiu-Jitsu dão as caras, graças ao envolvimento dos irmãos Rorion e Royce Gracie na produção. Como no já citado caso de James Bond, como a ideia é um realismo maior, é claro que uma hora ou outra os caras vão se agarrar. A finalização de Riggs foi uma bela propaganda para os Gracie.

 

3- Eles Vivem (1988) – Roddy Piper x Keith David

Talvez esta seja a cena de luta mais inesperada dentro das produções selecionadas. Bem, se não for a mais inusitada, com certeza é a mais longa. A visão distópica do capitalismo na ficção científica de John Carpenter levou a sério a máxima que diz que algumas pessoas são tão dependentes do sistema que lutarão para mantê-lo. Roddy Piper, astro da luta-livre, encarnou um protagonista que descobre alienígenas já totalmente infiltrados no coração financeiro dos EUA, descobrindo-os através de um óculos especial. O pau quebra, no melhor estilo telecatch, quando tenta convencer o personagem de Keith David (de O Enigma de Outro Mundo, também de Carpenter) a colocar o óculos…

 

2- Senhores do Crime (2007) – Viggo Mortensen x dois personagens dispensáveis

Sabe aquele tipo de pesadelo comum que algumas pessoas dizem já ter tido, em situações de estarem nuas em público? Isso tem a ver com sentimentos de vulnerabilidade, algo brilhantemente utilizado por David Cronenberg* na cena em que Nikolai, vivido por Viggo Mortensen, sofre um atentado enquanto relaxa em uma sauna. O personagem precisa se virar contra dois oponentes armados e completamente nu, o que faz o público comprar o perigo que ele corre. Angustiante, realista e extremamente violenta, é uma aula de cinema, assim como o filme inteiro.

*(Falando em Cronenberg, veja sosso vídeo sobre A Mosca e leia a resenha do romance escrito pelo cineasta, Consumidos)

 

1 – A Origem (2010) – Joseph Gordon-Levitt X Um capanga qualquer

Pode até parecer injusto, já que muito da graça da cena em questão está na montagem paralela, lidando com um sonho dentro de outro. Só que as condições da briga entre Arhur e o capanga, que acontece em um ambiente onírico que sofre alterações em sua “física” por conta do que acontece um nível acima, precisava ser justificada de alguma forma. Literalmente perdendo o chão, o personagem de Levitt precisa se virar contra o oponente em um corredor que gira, dando um toque todo especial a essa sequência. A trilha de Hans Zimmer só melhora tudo. Aproveite veja um dos nossos vídeos antigos, dedicado a Christopher Nolan.

 

Menção honrosa!  Oldboy (2003) – Mink-Si Choi x Uma galera

Eram só cinco, mas eu não sabia onde encaixar este. Nem é preciso explicar nada, não é?

 

Gostou? Detestou? Tem algum outro exemplo que você acha que vale a menção? Comenta aí!

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